• Carregando...
Vista da Praça de São Pedro | Alessandro Bianchi/Reuters
Vista da Praça de São Pedro| Foto: Alessandro Bianchi/Reuters

Finanças

Banqueiro francês será o novo presidente do Banco do Vaticano

Agência Estado

O Vaticano escolheu o banqueiro francês Jean-Baptiste de Franssu para chefiar o Instituto de Obras Religiosas (IOR), mais conhecido como Banco do Vaticano.

Com experiência em bancos de investimento, Franssu já estava atuando como membro do Conselho Econômico do Vaticano, em meio à reformulação promovida pelo papa Francisco na instituição financeira.

O novo presidente do Banco do Vaticano disse que vai escolher um fundo de gestão para ajudar a instituição a melhorar os ativos. Ele também enfatizou que o fundo será escolhido também em função dos princípios católicos.

O atual presidente do banco, o industrialista alemão Ernst von Freyberg, trabalhou para tornar as práticas da instituição mais condizentes com os padrões bancários internacionais, após escândalos sobre lavagem de dinheiro no banco.

Em uma entrevista para o jornal alemão Bild, Freyberg disse que o Banco do Vaticano "agora está limpo". Sem dar mais detalhes, ele afirmou que investimentos "dúbios" resultaram em custos de mais de 45 milhões de euros.

Franssu disse que pretende seguir o "bom trabalho" prestado por Freyberg e elogiou a transição "extremamente tranquila e amigável" na gestão da instituição.

  • No Banco do Vaticano, Ernst von Freyberg (à esq.) dá lugar a Jean-Baptiste de Franssu

Um experiente político britânico foi nomeado ontem chefe de uma comissão de conselheiros que ajudará o papa Francisco a modernizar a estratégia de comunicação do Vaticano.

O britânico Chris Patten, de 70 anos, católico, já foi presidente da BBC e do Partido Conservador. Ele também foi emissário da União Europeia (UE) e o último governador britânico da atualmente autônoma Hong Kong.

Outros dez profissionais de mídia (dos EUA, Alemanha, França, Espanha e Singapura) e cinco funcionários do Vati­­cano integrarão, ao lado dele, a comissão.

Durante o próximo ano, o grupo irá elaborar propostas que aproximem a Igreja Católica de tendências de comunicação e que melhorem a comunicação entre departamentos, além de, se possível, cortarem gastos.

O Vaticano possui atualmente uma série de sites e de perfis em redes sociais, principalmente o Twitter. Tem ainda seis departamentos responsáveis pela mídia – sendo um escritório de imprensa, uma tevê, uma rádio, um jornal (L’Osservatore Romano), um escritório de internet e um conselho de comunicação – que são conhecidos por não cooperarem uns com os outros e, por vezes, competirem entre si.

Escândalos

Na chefia da BBC, Patten enfrentou uma série de escândalos. Ele foi criticado pelos pagamentos feitos a executivos e por uma suposta parcialidade na cobertura do jubileu de diamante da rainha Elizabeth II.

Quatro anos atrás, quando Bento XVI ainda comandava a Igreja, Patten disse em uma entrevista que não concordava com "nada do que o Vaticano dizia", mas que admirava o papa alemão "intelectualmente".

Cirurgia

O britânico colaborou com o governo na organização da visita de Bento XVI ao Reino Unido, em 2010. Patten deixou a chefia da BBC há dois meses, depois de ter sido submetido a uma cirurgia cardíaca, porque, disse, precisava diminuir a carga de trabalho.

O cardeal George Pell, da Austrália, confirmou, em entrevista, que o britânico "não está bem", e que sua prioridade será "recompor as suas forças".

Barão

O britânico Chris Patten vai liderar um novo comitê de mídia criado para eliminar redundâncias entre os diversos veículos de comunicação da Santa Sé, com o objetivo de cortar custos. Patten, que é barão, foi o último governador de Hong Kong durante o domínio da Grã-Bretanha e renunciou em maio ao cargo de presidente da BBC Trust.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]