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O ex-diplomata americano Víctor Manuel Rocha falando durante uma coletiva de imprensa em Santo Domingo, na República Dominicana, em 2013
O ex-diplomata americano Víctor Manuel Rocha falando durante uma coletiva de imprensa em Santo Domingo, na República Dominicana, em 2013| Foto: EFE/Orlando Barria/ARQUIVO

Víctor Manuel Rocha, um ex-embaixador dos Estados Unidos na Argentina e Bolívia, foi preso em Miami, no estado americano da Flórida, na última sexta-feira (1º) acusado de trabalhar secretamente como um espião à serviço da inteligência cubana durante quatro décadas, revelou o Departamento de Justiça dos EUA nesta segunda-feira (4).

Segundo o Departamento de Justiça, Rocha, de 73 anos e origem colombiana, começou a colaborar com o regime de Havana em 1981, quando ingressou no Departamento de Estado dos EUA, e continuou suas atividades de espionagem até os dias atuais, ocupando diversos cargos que lhe deram acesso a informações restritas do governo norte-americano. Ele fazia uso de um passaporte falso da República Dominicana para viajar para Cuba e se reunir com seus contatos.

O serviço de Rocha para os cubanos foi descoberto por uma operação de contrainteligência do FBI realizada em novembro de 2022. Na operação, um agente do FBI se passou por um representante da Direção Geral de Inteligência de Cuba (DGI) e enviou mensagens de WhatsApp para o ex-embaixador.

Rocha chegou a se reunir com o agente do FBI disfarçado em várias ocasiões, nas quais revelou detalhes de seu serviço para o regime cubano e chegou até mesmo a expressar por diversas vezes sua lealdade à Revolução Cubana. Todas as conversas foram gravadas em áudio e vídeo.

O ex-embaixador foi acusado nesta segunda de atuar como um agente estrangeiro ilegal, usar um passaporte obtido fraudulentamente, fazer declarações falsas e enganosas para obter documentos de viagem, e mentir aos agentes do Serviço de Segurança Diplomática. Ele pode pegar até 25 anos de prisão se for condenado.

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