O ex-espião russo Alexander Litvinenko foi envenenado por uma dose radioativa fatal colocada em uma xícara de chá em um hotel de Londres, segundo informou na noite de sexta-feira a rede ABC News, citando autoridade britânica que trabalha no rumoroso caso.
Litvinenko, ex-membro dos serviços especiais russos que se tornou um opositor do governo de Vladimir Putin e se exilou em Londres, morreu em 23 de novembro do ano passado na capital britânica, 20 dias depois de ter sentido os primeiros sintomas de um envenenamento com polônio 210, uma substância altamente radioativa.
Em 1º de novembro, Litvinenko se encontrou com outros dois russos - Andrei Lugovoi, um ex-agente do KGB (a temida polícia secreta soviética), e Dmitry Kovtun, um empresário - no hotel Millenium, em Londres, onde tomou a xícara de chá contaminada com os contatos. Um terceiro russo, Viacheslav Sokolenko, outro ex-membro do KGB, também se encontrou brevemente com Litvinenko no local.
Segundo a fonte da ABC News, o bule utilizado para contaminar Litvinenko permaneceu em uso no hotel por algumas semanas após o envenenamento. Só em meados de dezembro, o utensílio foi levado para ser submetido a teste.
A autoridade disse, ainda, que os investigadores britânicos concluíram, baseados em laudos de legistas e relatos de inteligência, que o assassinato foi um crime "patrocinado pelo Estado" e orquestrado por serviços de segurança russos.
Litvinenko foi enterrado em 7 de dezembro em Londres, em um caixão hermeticamente fechado, para evitar que radiação escape.
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