Um tribunal de crimes de guerra da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a 24 anos de prisão o ex-general Ante Gotovina por orquestrar uma campanha de assassinatos e saques para expulsar cerca de 200 mil sérvios de um enclave rebelde da Croácia. A decisão tomada ontem identificou a ele e ao falecido presidente croata Franjo Tudjman como membros de uma "iniciativa criminosa conjunta" dedicada a retirar os moradores sérvios de Krajina e de repovoá-la com croatas.
A prisão de Gotovina em 2005 removeu um sério obstáculo à tentativa da Croácia de se unir à União Europeia (UE). O grupo insiste para que todas as ex-repúblicas iugoslavas prendam os suspeitos de crimes de guerra do conflito pela independência antes de se unir ao bloco. A Croácia espera concluir as conversações de ingresso na UE nos próximos meses.
Mesmo assim, a decisão do tribunal foi recebida com espanto na Croácia. A primeira-ministra Jadranka Kosor disse que seu governo contestará a pena com "todos os meios legais.
Tudjman liderou a Croácia durante a independência em 1991 e supervisionou a guerra com o Exército iugoslavo de liderança sérvia e as forças regionais sérvias para garantir a soberania de seu país. Ele morreu enquanto estava no poder em 1999. Tudjman permanece considerado um herói nacional. Pontes, ruas e outros locais croatas importantes receberam o seu nome.
Gotovina, de 55 anos, também é considerado um herói na Croácia, especialmente por seu papel na blitz de quatro dias promovida pelo Exército croata, apoiado pelos Estados Unidos, para tomar de volta Krajina. Um grupo de veteranos de guerra convocou para hoje um comício de apoio a Gotovina na praça central de Zagreb.
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