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Dairo Antonio Usuga foi extraditado para os Estados Unidos em maio de 2022
Dairo Antonio Usuga foi extraditado para os Estados Unidos em maio de 2022| Foto: Carlos Ortega/EFE

O colombiano Dairo Antonio Usuga David, conhecido por "Otoniel", considerado um dos narcotraficantes mais perigosos e procurados do mundo, foi condenado nessa terça-feira (8), em Nova York, a 45 anos de prisão por tráfico de drogas, depois de ter sido considerado culpado de contrabandear várias toneladas de entorpecentes para os Estados Unidos.

A juíza federal Dora Irizarry impôs a pena que a acusação tinha pedido à juíza, apesar de o líder do Clã do Golfo, de 51 anos, ter se declarado culpado em janeiro em busca de benefícios prisionais, invertendo a sua declaração de quando foi extraditado da Colômbia, em maio de 2022.

Irizarry, que afirmou se tratar do caso mais grave (em termos de quantidades de droga) com o qual teve de lidar na carreira, justificou a sua sentença argumentando que a violência causada pelo Clã do Golfo teve um enorme impacto nos Estados Unidos, causando muitas mortes e violência "também entre crianças e jovens".

Otoniel, vestindo o uniforme de prisioneiro e sem se separar dos fones de ouvido com os quais acompanhou a audiência, pediu desculpas ao governo americano, ao governo colombiano, às vítimas do tráfico de drogas e às suas famílias "por tudo o que tinha feito".

A magistrada respondeu que isso não era desculpa, porque ela, de origem porto-riquenha, também tinha crescido no Bronx, em um ambiente violento, de onde "muita gente produtiva saiu".

"Não se pode tapar o sol com um dedo", disse ela em espanhol para que Otoniel entendesse.

O acusado utilizou as suas últimas palavras para lançar mensagens políticas, como pedir ao governo dos EUA que apoie os processos de paz em andamento na Colômbia com vários grupos guerrilheiros ligados ao tráfico de cocaína.

Os advogados de Otoniel tentaram obter uma pena de 25 anos para ele, argumentando que outros narcotraficantes julgados nos Estados Unidos, sem aceitarem cooperar com a justiça, tinham recebido penas mais leves, mas a juíza cortou esses argumentos, dizendo que os casos não tinham nada a ver um com o outro, dada a gravidade dos fatos julgados no caso de Otoniel.

Por último, os advogados do colombiano solicitaram que, uma vez pronunciada a sentença, a juíza flexibilize as condições de confinamento, uma questão que Irizarry resolverá em um segundo momento. (Informações da Agência EFE)

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