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O ex-presidente do Parlamento iraquiano Mahmoud al-Mashhadani elogiou nesta quarta-feira o jornalista que jogou os sapatos no presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Para o político, o Legislativo deveria ter apoiado a atitude do repórter.

Os comentários de Al-Mashhadani vieram um dia depois de ele renunciar ao posto, sob forte pressão de deputados xiitas e curdos. Com isso, rompeu-se um impasse e foi aprovada uma lei regulando a presença das tropas estrangeiras não-americanas no país a partir de 2009.

"Ele foi um jornalista zeloso, bravo e mesmo seu inimigo Bush disse que ele é bravo - apenas o Parlamento não disse que ele é bravo", disse o sunita Al-Mashhadani. "Esse é um erro claro. Não deveria ser assim."

O polêmico político freqüentemente discutia com os outros parlamentares. A tensão chegou ao nível máximo na semana passada, em uma discussão sobre a detenção do jornalista Muntadhar al-Zeidi. Os vários opositores do presidente do Parlamento aproveitaram o incidente para pressionar por sua queda.

Al-Zeidi será julgado a partir de 31 de dezembro por insultar um líder estrangeiro e pode pegar até dois anos de cadeia. Bush desviou da tentativa de sapatada, em uma entrevista coletiva no dia 14, ao lado do primeiro-ministro Nouri al-Maliki.

O juiz encarregado de investigar o caso afirmou que o repórter iraquiano foi agredido nos olhos e em outras partes do rosto, aparentemente por agentes de segurança que ajudaram a imobilizá-lo no chão após o ataque.

Seus parentes afirmam que ele foi agredido e mesmo torturado na prisão. Um de seus irmãos, Uday, afirmou que uma carta do jornalista para Maliki pedindo desculpas foi escrita sob pressão O primeiro-ministro iraquiano sustentou que no texto Al-Zeidi dizia ter sido incitado a cometer o ato por um insurgente.

Milhares de iraquianos foram às ruas pedir a libertação do repórter. Porém o magistrado disse não ter a opção de arquivar o caso.

As informações são da Associated Press.

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