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O ex-líder do Partido Comunista chinês, o político deposto Bo Xilai, disse a um tribunal neste sábado, 24, que cometeu erros e está envergonhado, mas negou responsabilidade criminal pelo incidente que resultou no maior escândalo político do país em décadas.

"Eu cometi erros e estava errado. Eu maculei a reputação do partido e do país, e estou muito envergonhado disso", disse Bo no Tribunal Popular Intermediário de Jinan, em uma rara demonstração de culpa no terceiro dia de seu julgamento por corrupção e abuso de poder. "Mas se foi um crime ou não isso é uma outra questão", disse Bo.

O Partido Comunista está usando o julgamento de Bo para por um fim a um grande escândalo político desencadeado no ano passado, quando o principal assessor de Bo fugiu para um consulado dos Estados Unidos após revelar que a esposa de Bo havia matado um empresário britânico.

O escândalo levou à destituição de Bo como membro e líder do partido da megalópole do sul de Chongqing, fazendo dele o líder mais sênior a sair do poder nos últimos anos. Sua remoção está sendo cimentada por acusações criminais de abuso de poder ao interferir na investigação de assassinatos e de tentar esconder os desvio de recursos de cerca de US$ 4,3 milhões por meio da corrupção.

A previsão era de que o julgamento de Bo fosse rápido, mas observadores dizem que dar-lhe a chance de se defender ajuda a dar uma aparência de legitimidade ao que é amplamente visto como um julgamento político arranjado.

Em depoimento no início deste sábado, Bo negou as acusações de que ele havia se apropriado de 5 milhões de yuans (US$ 800 mil) em fundos do governo em 2000, dizendo que sua esposa roubou o dinheiro sem o seu envolvimento e revelando que o casal se afastou depois que ele foi infiel a ela.

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