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O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert, que acaba de receber uma punição simbólica em um caso de corrupção, está considerando um retorno político na eleição no próximo ano, disse um ex-assessor dele nesta quarta-feira (10).

Tal atitude poderia movimentar uma corrida eleitoral na qual as pesquisas de opinião sugerem que o atual primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, visto com desconfiança no exterior por sua postura dura sobre o programa nuclear do Irã, estaria em vantagem, sem nenhum concorrente de peso na oposição.

Olmert, que possui crédito internacionalmente por buscar a paz com os palestinos, renunciou ao cargo de primeiro-ministro em 2008, em meio a alegações de corrupção.

Mas ele foi amplamente absolvido das acusações no final de um julgamento em julho passado e recebeu uma pena de prisão suspensa que não representa qualquer obstáculo legal a um retorno político.

Yisrael Maimon, um ex-assessor, disse que Olmert estava avaliando se seria candidato na eleição antecipada que Netanyahu anunciou na terça-feira, oito meses antes do previsto, depois de não conseguir garantir o apoio da coalizão para um orçamento de austeridade.

"Quando tantas pessoas já lhe disseram que você será capaz de substituir o primeiro-ministro e que é um momento muito crítico para o país, então certamente você pode pensar sobre isso", disse Maimon à Rádio do Exército.

Netanyahu está acima de outros líderes israelenses em pesquisas que perguntam aos eleitores quem melhor pode dirigir o país. Como tal, uma eleição antecipada não parece ser muito risco para ele. Mas, em particular, seus assessores têm apontado para Olmert como a única pessoa que poderia oferecer um desafio real.

Olmert, que já liderou o partido centrista Kadima, não comentou publicamente a possibilidade de um retorno à linha de frente depois que foi forçado a uma renúncia humilhante por acusações de corrupção, que ele sempre sustentou serem politicamente motivadas.

Uma pesquisa de opinião há duas semanas apontou que apenas 16 por cento dos eleitores consideram um apoio a Olmert se ele decidisse liderar um bloco centrista, mas a mídia israelense tem agressivamente promovido suas chances.

"A falta de um candidato líder... é o que levou Olmert a acreditar que pode haver uma janela de oportunidade única na vida para ele unir o campo de centro-esquerda e representar uma alternativa para Netanyahu", escreveu o colunista Mazal Mualem no jornal Maariv nesta quarta-feira.

Olmert, de 66 anos, pode parecer uma escolha incomum. Um tomador de risco que liderou Israel em duas guerras, em Gaza e no Líbano, durante seu mandato, ele ainda está envolvido em uma investigação paralela de suborno datando de seu tempo como prefeito de Jerusalém entre 1993 e 2003.

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