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O ex-presidente angolano durante as eleições de 2017, em Luanda.
O ex-presidente angolano durante as eleições de 2017, em Luanda.| Foto: EFE/Manuel De Almeida

José Eduardo dos Santos, que governou Angola por quase quatro décadas, morreu aos 79 anos nesta sexta-feira (08). Ele ficou conhecido por vencer uma guerra civil brutal e coordenar um boom de petróleo.

Chamado dentro de seu partido (MPLA) como "o arquiteto da paz", Zédu, como era conhecido, viu seu legado cada vez mais manchado por alegações de corrupção e nepotismo, principalmente depois que os combates terminaram no país do sudoeste africano em 2002.

De lá até 2014, a economia angolana cresceu dez vezes, aumentando de US$ 12,4 bilhões para US$ 126 bilhões, porém muito pouco dessa riqueza foi distribuída no país. A filha do ex-presidente, Isabel dos Santos, rapidamente se tornou a mulher mais rica da África, com uma fortuna de US$ 3 bilhões.

Mesmo assim, muitos ainda creditam a ele a estabilidade de um país que só conhecia a guerra desde que se tornou independente de Portugal em 1975. Uma decisão importante de Zédu foi conceder anistia a todos e oferecer aos oponentes da guerra civil oportunidades de negócios e terra, além de espaço político. Essas medidas foram fundamentais para garantir que os combates não voltassem a acontecer.

Santos morreu em Barcelona, onde fazia tratamento desde que teve um acidente vascular cerebral em junho. Em 2019, dois anos depois de deixar o cargo em Angola, Zédu se mudou para a Espanha.

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