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O ex-presidente Carlos Andrés Pérez morreu em 2010, vítima de um ataque cardíaco
O ex-presidente Carlos Andrés Pérez morreu em 2010, vítima de um ataque cardíaco| Foto: EFE/Tomas Blanco/fs

Carlos Andrés Pérez, ex-presidente por dois mandatos na Venezuela (1974-79 e 1989-93), já falecido, ressurgiu em um vídeo produzido por Inteligência Artificial (IA) apoiando um pré-candidato opositor do partido Ação Democrática (AD).

A mídia, que viralizou nas redes sociais, foi divulgada pelo próprio partido. O pré-candidato que concorre nas primárias pelo grupo social-democrata é o ex-parlamentar Carlos Prosperi, que foi deputado na Assembleia Nacional da Venezuela de 2016 a 2021.

"Há 24 anos alertei sobre o futuro sombrio que teríamos de enfrentar se aqueles que hoje governam chegassem ao poder. Após tantos anos de luta para recuperar a democracia, temos hoje a oportunidade de mudança, renovação e triunfo", diz a animação com o falecido político de terno e gravata, sentado atrás de uma mesa.

No "discurso", o ex-presidente ainda afirma que "Carlos Prosperi tem seu total apoio" e chama os eleitores a "caminharem com ele, jovem talentoso, inteligente e bom amigo".

Pérez governou a Venezuela entre 1974 e 1979, retornando ao poder entre 1989 e 1993, quando foi destituído do cargo por um julgamento por corrupção.

O ex-parlamentar e pré-candidato do AD às primárias de 22 de outubro tem cerca de 5% das intenções de votos no pleito, segundo pesquisas de opinião realizadas no país.

Contra ele, a oposição conta com María Corina Machado, favorita nas eleições, porém que está inabilitada por 15 anos para concorrer a cargos públicos após uma investigação patrimonial que apontou atos contra a "ética pública e a moralidade administrativa".

Perseguição política

Desde o início da campanha eleitoral, a oposição ao chavismo na Venezuela do ditador Nicolás Maduro tem sofrido com a "intimidação" e "atos de violência" por parte dos apoiadores da ditadura.

No dia 7 de agosto, Machado afirmou que o regime usa as Forças Armadas para uma "perseguição política" aos candidatos que viajam pelo país em busca de votos.

No final do mês, Maduro anunciou o retorno de atividades de grupos paramilitares conhecidos como Cuadrillas de Paz, que atuam com um discurso de "combate ao fascismo e a tentativas de golpe".

Essas organizações são reconhecidas internacionalmente como instrumentos do regime para a repressão política contra a oposição que tenta ganhar espaço para governar a Venezuela.

Ainda, nessa quinta-feira (31), foi enviada uma carta ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na qual 20 senadores americanos, dos partidos Democrata e Republicano, expressam suas preocupações em relação às eleições primárias da oposição venezuelana, marcadas para 22 de outubro.

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