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Manifestantes protestam contra ex-presidente paquistanês | Naseer Ahmed/Reuters
Manifestantes protestam contra ex-presidente paquistanês| Foto: Naseer Ahmed/Reuters

O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf retornou ao país ontem, após mais de quatro anos de exílio, numa tentativa de retomar sua carreira política, apesar de ser alvo de investigações judiciais e de ter recebido ameaças de morte do Taleban.

A viagem de Dubai para a cidade portuária de Karachi, no sul paquistanês, foi o primeiro passo de Musharraf numa estratégia de reconstruir suas imagem depois de passar anos à margem da política. O ex-homem forte do Paquistão, no entanto, foi recepcionado no aeroporto por não mais que duas mil pessoas, num indicativo de que sua popularidade caiu muito desde que foi forçado a abandonar o poder, em 2008.

Desde que o ex-general renunciou em meio a uma crescente onda de descontentamento, o Paquistão tem enfrentado uma difícil situação econômica, a resistência de facções islâmicas extremistas e tensões com Washington por causa de ataques de aviões não tripulados dos EUA e pela operação que matou Osama bin Laden, em maio de 2011.

Ameaçado

Musharraf é visto como inimigo por muitos militantes islâmicos por ter se aliado aos EUA após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2011. Anteontem, a divisão paquistanesa do Taleban prometeu mobilizar esquadrões da morte para "mandá-lo ao inferno". Também no sábado (23), militantes causaram a morte de 17 soldados num ataque suicida com carro-bomba a um posto militar numa região tribal no Noroeste do Paquistão.

Musharraf também enfrenta acusações na Justiça, algumas ligadas à investigação sobre o assassinato da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, em 2007.

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