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O Ministério da Justiça do Egito anunciou neste domingo (30) que o ex-candidato presidencial Ahmed Shafiq, o último primeiro-ministro do regime do deposto Hosni Mubarak, deverá ser encaminhado a um tribunal penal por causa de supostos novos casos de corrupção.

O juiz Hisham Rauf, em representação do Ministério, decidiu intimar tanto Shafiq como o diretor da companhia aérea egípcia Egyptair, Taufiq Mohammed Asi, além de outros oito altos cargos do setor da aviação civil.

O caso se refere à distribuição ilegal de terras estatais a uma empresa sem oferecê-las previamente uma licitação pública, entre outras acusações, informou a agência oficial de notícias "Mena", que não mencionou a data do início do processo.

Atualmente, Shafiq se encontra nos Emirados Árabes Unidos (EAU), de onde não pode ser extraditado porque não existe um acordo nesta matéria entre este país e o Egito.

No último dia 11 de setembro, a Justiça egípcia ordenou a detenção preventiva de Shafiq por outro suposto caso de corrupção, no qual também se implica os filhos de Mubarak, Gamal e Alaa, e mais quatro generais do Exército, todos acusados de enriquecimento ilícito, falsificação de documentos oficiais e dano aos fundos públicos.

Shafiq foi denunciado pelo ex-deputado Esam Sultan, que o acusa de ter vendido em 1993 um terreno de mais de 40 mil metros quadrados na província de Ismailiya (nordeste) a Alaa e Gamal Mubarak por um preço inferior ao do mercado.

Esta venda aconteceu quando Shafiq era chefe da Assembleia de Pilotos, durante o mandato de Mubarak, e membro da Comissão de Terra dos Pilotos, o órgão encarregado de distribuir terras e fixar seus preços.

Shafiq, que viajou se encontra nos EAU desde junho, disputou com o atual presidente egípcio, o islamita Mohammed Morsi, o segundo turno das eleições presidenciais realizadas neste ano.

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