Excluídos reclamam de atendimento

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Nova Iorque – A prefeitura é muito ciosa da privacidade dos sem-teto que acolhe em seus abrigos. Por isto, nenhum jornalista pode entrar no prédio do número 346 da Powers Avenue, no Bronx, região pobre de Nova Iorque. Ali fica um dos maiores abrigos públicos da cidade e muitas famílias recebem cama, roupa limpa, comida, assistência médica, psicológica e educacional. E o programa da prefeitura ainda prevê ajuda para conseguir emprego e um auxílio moradia de até dois anos para quem conseguir um endereço permanente. Mas a calçada em frente ao prédio está cheia de famílias que querem dar entrevistas para jornalistas. É gente que reclama dos abrigos. Como Carmen Rosa, 28 anos, e seu companheiro, Leonard Aveille, 30, com três filhos entre 2 e 6 anos.

"Nós somos cidadãos americanos e exigimos respeito. Eles gritam com as crianças, querem controlar tudo o que fazemos. Eles nos jogam na rua para procurar trabalho de manhã e só nos deixam entrar às cinco da tarde. As crianças não querem ficar no abrigo e vão com a gente. Estamos aqui porque não temos para onde ir", diz Aveille.