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O presidente-executivo da BP se reuniu na quarta-feira com representantes do fundo soberano de Abu Dhabi, enquanto a perspectiva de novos investimentos na empresa e avanços no combate ao vazamento de óleo do Golfo do México provocaram uma alta nas ações da combalida gigante britânica do petróleo.

Uma fonte oficial dos Emirados Árabes Unidos disse que o executivo-chefe Tony Hayward se reuniu com representantes da Autoridade de Investimento de Abu Dhabi, o que corrobora especulações de que um fundo soberano da Ásia ou Oriente Médio poderia injetar capital para ajudar a British Petroleum a arcar com os gastos do acidente.

Mas essa fonte árabe disse, sob anonimato, que o principal tema do encontro foram as concessões petrolíferas da estatal petrolífera de Abu Dhabi à BP.

"Com o presidente-executivo em Abu Dhabi, falando com o fundo de riqueza soberana para conseguir algum investimento, não é surpreendente que haja algum entusiasmo no mercado pelas ações da BP", disse Mic Mills, diretor de transações eletrônicas da corretora londrina ETX Capital.

Um porta-voz da BP disse a um jornal dos Emirados que Hayward não está "viajando o mundo com um pote de esmolas, pedindo contribuições societárias, mas nos agrada que as pessoas apreciem o valor da BP".

Combate ao vazamento

No Golfo do México, a BP continua trabalhando para tentar estancar o vazamento. Segundo o almirante da reserva Thad Allen, representante do governo dos EUA junto à operação, a escavação de um poço auxiliar a partir do qual será possível tapar petróleo está uma semana adiantada.

Mas, falando na terça-feira a jornalistas em Houston, ele desmentiu especulações de que o poço - um dos dois em escavação - poderia sanar o problema ainda em julho. Allen manteve a previsão de que os poços serão concluídos em meados de agosto.

As ações da BP, que já vinham registrando alta nos últimos dias, subiram mais 9% na Bolsa de Nova York, e na quarta-feira chegaram à sua maior cotação em Londres desde 21 de junho. Às 6h49 (hora de Brasília), os papéis da BP registravam alta de 3,8%, vendidos a 3,588 libras.

"Qualquer coisa que acelere o processo ou qualquer tipo de sucesso em tampar (o poço) seria um bem-vindo alívio", disse Alan Lancz, presidente da Alan B. Lancz & Associates, de Toledo, Ohio. "Aí você poderia chegar à verdadeira amplitude da responsabilidade civil (da BP)."

Além de escavar o poço, a BP usa canos para recolher parte do petróleo que jorra e levá-lo para duas embarcações na superfície. Um terceiro navio, que elevará a capacidade de coleta do óleo de 3 para 6,3 milhões de litros por dia, já está parcialmente conectado, mas o mar agitado complica a conclusão da operação.

Não se sabe ao certo quanto petróleo jorra por dia no fundo do mar, mas autoridades estimam que chegue a cerca de 100 mil barris de petróleo por dia.

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