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O ex-presidente Trump voltou a classificar o julgamento como um “caça às bruxas”
O ex-presidente Trump voltou a classificar o julgamento como um “caça às bruxas”| Foto: EFE/EPA/ANGELA WEISS / POOL

O julgamento criminal de Donald Trump no estado de Nova York sobre a falsificação de registros contábeis para comprar o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels foi retomado nesta quinta-feira (25) com a continuação do depoimento de David Pecker, ex-editor do tabloide americano National Enquirer, acusado de contribuir com a campanha eleitoral do republicano em 2016 ao esconder histórias de casos extraconjugais do ex-presidente.

Segundo as declarações de Pecker ao júri na terça-feira (23), a equipe do então candidato presidencial em 2016 fez um acordo com o tabloide para evitar que histórias negativas sobre o político viessem à tona durante o período das eleições. "O que eu deveria fazer era publicar histórias positivas sobre o senhor Trump e histórias negativas sobre seus adversários", disse diante do tribunal.

O julgamento foi suspenso na terça e retomado nesta quinta com novas afirmações da primeira testemunha, desta vez sobre como sua publicação lidou com a história vendida pela modelo Karen McDougal, que abordou o National Enquirer com alegações de que ela teve um relacionamento amoroso de um ano Trump.

Pecker disse no tribunal que quando falou com o ex-presidente sobre a história de McDougal, ele lembrou que Trump chamou a modelo de "uma garota legal" e questionou o ex-editor sobre o que ele considerava que deveria ser feito a respeito da situação. “Acho que você deveria comprar esta história e retirá-la do mercado”, disse o ex-editor ao republicano, na ocasião, explicando que “acreditava que a história era verdadeira" e poderia atrapalhar sua campanha.

Em junho de 2016, enquanto o tabloide avaliava a veracidade das declarações da modelo, Michael Cohen, ex-advogado e agora testemunha contra Trump, instruiu Pecker a adquirir os direitos sobre a história e posteriormente "o chefe" compensaria os custos, segundo contou Pecker, que entendeu que se tratava do próprio ex-presidente, que a Trump Organization o reembolsaria.

Os promotores do caso apresentaram ao júri o contrato com McDougal, datado de 5 de agosto de 2016, no qual ela concedeu os direitos de sua história de um relacionamento que ela teve uma pessoa que Pecker entendeu que se tratava de Donald Trump.

O executivo de mídia testemunhou que o contrato incluía outras disposições, como fazer com que McDougal escrevesse colunas mensais sobre saúde no tabloide. “Com relação às leis de campanha, eu queria que o contrato fosse um registro que estipulasse que os serviços que ela iria prestar para a mídia americana tivessem uma base para isso, os US$ 150 mil que seriam pagos”, disse Pecker.

Os promotores então questionaram se o ex-editor considerava que as outras disposições destinavam-se a disfarçar a verdadeira natureza do contrato e Pecker respondeu afirmativamente à pergunta.

Pecker testemunhou que acreditava que Donald Trump tinha conhecimento sobre o contrato de US$ 150.000 para comprar o silêncio de Karen McDougal sobre um suposto caso de um ano.

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