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O primeiro candidato a herói da revolta popular no Egito diz que já não há mais espaço para negociação com o governo e se diz disposto a morrer pela causa. Aclamado na Praça Tahrir na terça-feira, um dia após ter sido libertado pelo governo, o executivo da Google Wael Ghonim, 30 anos, viveu mais um dia como o único rosto visível da revolta deflagrada pelos jovens.

Ghonim ficou dez dias preso por ter sido um dos iniciadores do movimento, ao usar sites como Facebook, Twitter e YouTube para convocar protestos. Em entrevista à rede de tevê CNN, ele disse que é tarde demais para negociar com Mubarak.

"Estou pronto para morrer pela mudança no Egito’’, afirmou, citando o líder pacifista indiano Mahatma Gandhi como herói.

Em parte marqueteiro, e em parte um ‘cyber-geek’ engajado, o sucesso do executivo entre os jovens é facilmente explicável. No país, mais da metade da população nasceu depois de o presidente Hosni Mubarak ter tomado o poder, há 30 anos.

Como aconteceu durante a revolução na Tunísia, os internautas egípcios modificaram o famoso slogan do presidente norte-americano, Barack Obama, e disseram: "Yes, we can too" ("sim, nós podemos também").

Um dia depois de sua libertação, ele fez uma entrada triunfante na Praça Tahrir, onde foi elevado ao status de herói. "Não sou herói, vocês são os heróis, vocês são os que ficaram na praça", disse Ghonim à multidão eufórica.

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