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Santiago – O Exército chileno decretou a expulsão do general Ricardo Hargreaves por ter manifestado publicamente simpatia com a ditadura de Augusto Pinochet. Foi a segunda medida disciplinar tomada em 24 horas depois da destituição do neto do ditador, que tentou justificar o golpe de Estado liderado por seu avô, morto no domingo.

O militar era comandante-em-chefe da Quinta Divisão de Exército da cidade de Punta Arenas e, na quinta-feira, havia assumido o comando da Guarnição de Santiago. Depois dos funerais do ex-ditador, na terça-feira, Hargreaves declarou ao jornal La Prensa Austral de Punta Arenas: "Fui partícipe da causa de Pinochet e continuo compartilhando dela".

"Em relação às declarações emitidas pelo general de divisão Ricardo Hargreaves Butrón a respeito do falecimento do general Augusto Pinochet Ugarte, o comandante-em-chefe do Exército resolveu solicitar ao citado general sua renúncia à instituição", afirma um comunicado do Exército.

Anteriormente, o Exército chileno já havia destituído o capitão Augusto Pinochet Molina, neto de ex-ditador, que exaltou o golpe militar liderado por seu avô há 33 anos em um discurso não programado durante os funerais.

O governo da presidente Michelle Bachelet se manifestou satisfeito com a expulsão de Pinochet Molina. "O governo esperava que o comandante-em-chefe fizesse uso de suas atribuições, como o fez", assinalou o ministro do Interior, Belisario Velasco, numa primeira reação oficial.

"O comandante-em-chefe aplicou uma sanção livremente e de acordo com suas atribuições", insistiu, ao descartar uma eventual pressão do governo para precipitar o castigo ao neto do ex-ditador.

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