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O Exército da Nigéria anunciou ter resgatado mais um grupo de 160 reféns, em sua maioria mulheres e crianças, que haviam sido sequestrados pelo grupo extremista islâmico Boko Haram.

Eles eram mantidos na floresta de Sambisa, no nordeste do país, onde se concentra a atuação dos radicais. No mesmo local, já tinham sido resgatadas 200 mulheres menores de idade e 93 adultas no início da semana, totalizando quase 500 reféns libertados nos últimos quatro dias.

Segundo o governo, entre os libertados não estão as 276 meninas sequestradas em Chibok, em abril de 2014, episódio que motivou uma campanha internacional pelo resgate das garotas.

“Elas foram levadas para uma zona de segurança para posterior avaliação”, disse o coronel Sani Usman em comunicado.

O Boko Haram, que tem como objetivo criar um califado na África Ocidental, sequestrou pelo menos 2.000 mulheres e meninas de suas famílias desde o início de 2014, segundo a Anistia Internacional. Muitas delas acabaram como escravas sexuais ou são usadas como escudos humanos por militantes.

Segundo o governo nigeriano, desde janeiro, quando o país montou uma ofensiva para retomar áreas do nordeste, os extremistas foram expulsos da maior parte das cidades que haviam ocupado, mas mantiveram o controle de Sambisa, originalmente uma reserva de caça.

Nos últimos dois meses, o Exército retomou o controle de porções do território no remoto norte, com o apoio de tropas do vizinho Chade, Níger e Camarões.

Segundo estima a ONU, os ataques do Boko Haram e os combates ao grupo por parte das forças da Nigéria deixaram mais de 15 mil mortos e cerca de 1,5 milhão de desalojados no país desde 2009.

Os nigerianos esperam que o presidente eleito, Muhammadu Buhari, um ex-general do Exército, acabe com a rebelião que seu antecessor, Goodluck Jonathan, teve dificuldades para enfrentar.

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