• Carregando...
Protesto contra construções sobre túmulos históricos de judeus em Israel marca visita de Netanyahu aos EUA | Jason Reed/Reuters
Protesto contra construções sobre túmulos históricos de judeus em Israel marca visita de Netanyahu aos EUA| Foto: Jason Reed/Reuters

Aproximação

Ministro diz que negociará com palestinos "em semanas"

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou ontem acreditar que as negociações diretas de paz entre israelenses e palestinos devem começar "nas próximas semanas". "Há realmente uma boa chance de que nós estejamos às vésperas de conversas diretas entre nós e os palestinos em todos os temas", afirmou Barak, após um encontro com senadores dos EUA em Jerusalém. Os comentários foram feitos horas depois de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reunir com o presidente dos EUA, Barack Obama, na Casa Branca. Obama disse esperar ver negociações diretas entre os dois lados "bem antes" do fim de setembro.

Barak afirmou que conversou por telefone com Netanyahu após a reunião do premier com Obama, avaliada tanto pelo norte-americano como pelo israelense como um encontro muito positivo.

Os EUA enviaram a Israel um documento secreto no qual se comprometem com uma colaboração nuclear bilateral, segundo os jornais israelenses Haaretz e Jerusalem Post, que citaram a rádio do Exército israelense como fonte. Segundo a rádio, Washing­­ton prometeu vender a Israel ma­­teriais usados para produzir eletricidade, além de tecnologia nuclear, apesar de Israel não ser signatária do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).

Também diz que os EUA supostamente concordaram em retratar publicamente Israel como "um Estado responsável que se comporta com moderação relativa a suas capacidades’’. Fora isso, não há mais detalhes sobre o suposto documento secreto. Nenhum dos países comentou o caso.

Israel não confirma nem nega a posse de um arsenal nuclear, es­­timado em 200 ogivas, e sofre crescente pressão internacional para ser mais transparente quanto ao tema. Por não ser signatário do TNP, o país tem mais dificuldade em obter apoio externo para a produção de energia nuclear.

De seu lado, o presidente dos EUA, Barack Obama, é pressionado por aliados árabes a exigir de Israel a adesão a o tratado, já que o Irã é sancionado por seu programa nu­­clear antes mesmo de ob­­ter a bomba e negando intenção de produzi-la.

Em maio, um acordo de re­­visão do Tratado de Não Pro­­li­­feração, apoiado por Wa­­shing­­ton, convocou para 2012 uma cúpula sobre a implementação de uma zona livre da bomba e de armas químicas e biológicas no Oriente Médio e exortou Israel a aderir ao pacto.

O episódio foi visto com preocupação pelo governo israelense, que até o momento se nega a participar da cúpula de 2012.

Encontro

A questão nuclear esteve presente no encontro entre Oba­­ma e o premiê israelense, Ben­­jamin Netanyahu, terça-feira, em Washington.

No entanto, na ocasião, Oba­­ma apenas negou que tenha mudado sua posição em relação a maio e disse que, "devido a seu tamanho e às ameaças contra ele, Israel tem requerimento de segurança únicos’’.

O encontro foi uma tentativa de amenizar percepção de racha entre os dois países.

Em março, o anúncio de no­­vas construções judaicas em Jerusalém Oriental – território reivindicado pelos palestinos –, durante a visita a Israel do vice-presidente americano, Joe Biden, estremeceu as relações bilaterais.

A cúpula bilateral terminou sem anúncios concretos, mas houve promessas de pressão ao Irã e de retomada do diálogo direto com os palestinos, e Oba­­ma destacou o "elo inquebrável’’ entre EUA e Israel.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]