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Moradores retornam a bairro de Homs, após o fim dos combates entre rebeldes e as forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad | REUTERS / Khaled al-Hariri
Moradores retornam a bairro de Homs, após o fim dos combates entre rebeldes e as forças leais ao presidente da Síria, Bashar al-Assad| Foto: REUTERS / Khaled al-Hariri

O Exército entrou nesta sexta-feira (9) pela primeira vez em dois anos na cidade velha de Homs, após a saída dos últimos rebeldes, seguindo um acordo fechado com o governo. Soldados começaram a vasculhar as ruas em busca de armadilhas e minas, com pelo menos dois deles morrendo em explosões, de acordo com as autoridades.

Até o início da semana, a cidade velha era uma área sitiada, onde pouco mais de mil rebeldes resistiam, já sem alimentos. Ela era chamada de Capital da Revolução, onde teve início a insurreição armada depois que o regime reprimiu violentamente manifestações. Agora, segundo o governador Talal Barazi, Homs "está sem armas e combatentes", disse em referência aos rebeldes.

Centenas de moradores voltaram a pé procurando suas casas no bairro de Hamidiya, a primeira área assegurada pelo Exército. Muitos se mostravam emocionados diante dos escombros. O bispo da Igreja Grega-Ortodoxa, George Abou Zakhem, que mora na cidade, conta que 11 igrejas da cidade velha foram destruídas nesses mais de dois anos de combate.

Com a saída dos rebeldes do centro histórico da terceira maior cidade síria, o regime reforça sua posição nesta guerra.

Esta é a primeira vez que um acordo entre as duas partes permite a retirada dos rebeldes de uma grande cidade do país desde o início da guerra, em março de 2011, num conflito que está devastando o país e já deixou mais de 150 mil mortos.

Homs é a cidade na qual os guerrilheiros foram submetidos ao cerco mais prolongado, acompanhado por intensos ataques aéreos, uma tática utilizada pelo regime para vencer sua resistência. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, 2 mil pessoas morreram ali em dois anos.

A entrada do Exército no coração histórico da cidade ocorre quando faltam três semanas para a eleição presidencial nos setores controlados pelo regime de Bashar al-Assad. Estas eleições, que Assad espera vencer, foram denunciadas como uma farsa pela oposição e por seus aliados ocidentais.

Embora a rebelião esteja retrocedendo no centro do país e perto de Damasco, mantém posições nas frentes Sul e Norte, principalmente na região de Aleppo.

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