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O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, disse na terça-feira que o país irá se rearmar e ampliar suas capacidades militares por causa da expansão da Otan em direção às suas fronteiras.

O comentário destoa dos esforços demonstrados por Medvedev para melhorar as relações com os Estados Unidos, principal potência da Otan.

"As tentativas de ampliar a infraestrutura militar da Otan perto das fronteiras do nosso país estão continuando", disse Medvedev numa reunião anual de funcionários do Ministério da Defesa.

Moscou encara como ameaças diretas à sua segurança nacional duas atitudes do governo norte-americano anterior, chefiado por George W. Bush: o convite para que Geórgia e Ucrânia, ex-repúblicas soviéticas, adiram à Otan; e os planos para instalar um escudo antimísseis no Leste Europeu.

A Rússia elogia o novo presidente dos EUA, Barack Obama, por sua intenção de "relançar" as relações com a Rússia, mas Medvedev, que se encontra com Obama no próximo dia 1o em Londres, disse que Washington precisa ter ações compatíveis com suas declarações.

Medvedev disse à cúpula militar russa que a perspectiva de ampliação da Otan, junto com a ameaça de crises locais e do terrorismo internacional, "exige uma modernização das nossas Forças Armadas, dando-lhes uma forma mais moderna".

Ele afirmou que a Rússia tem recursos para bancar tal modernização, apesar da atual crise econômica. "A tarefa primária é aumentar a preparação de combate das nossas forças. Acima de tudo, nossas forças nucleares estratégicas. Elas devem ser capazes de cumprir todas as tarefas necessárias para garantir a segurança da Rússia", disse o presidente.

"Outra tarefa em nossa pauta é a transferência de todas as unidades de combate para a categoria da preparação permanente."

De acordo com ele, a modernização em grande escala do Exército e da Marinha vai começar em 2011.

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