
O senador democrata por Delaware Joe Biden, de 65 anos, será o candidato a vice-presidente dos Estados Unidos na chapa de Barack Obama. A nomeação foi antecipada na madrugada de ontem por um oficial do partido à Associated Press e oficializada pela campanha democrata a simpatizantes do partido por mensagem de celular, por e-mail e pela internet.
A escolha seria uma maneira de dar ao candidato democrata a profundidade necessária em áreas em que Obama é considerado fraco por seus oponentes: política internacional e segurança global.
Obama, um relativamente recém-chegado à cena política, fez história ao se tornar o primeiro candidato negro a liderar uma corrida presidencial. Mas ele tem tido que enfrentar críticas violentas do rival republicano John McCain, um senador veterano do Arizona, piloto de combate e ex-prisioneiro na Guerra do Vietnã.
Extrovertido, bom argumentador e mordaz orador, Biden reúne os três requisitos que Obama procura em um companheiro de chapa eleitoral: está preparado para ser presidente, será capaz de ajudá-lo a governar e, sobretudo, tem idéias próprias.
Mudanças
A escolha de seu vice é mostra claramente a intenção de conter algumas dessas críticas. "Joe Biden traz impressionante colaborações que ultrapassam divisões partidárias (...) Obama e Biden são líderes que trarão as mudanças que nosso país precisa", diz a campanha democrata em comunicado na web.
O nome de Biden ganhou força nas últimas semanas pelo fato do veterano democrata, em seu sexto mandato, ser presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado americano, o que, na opinião de líderes do partido, pode amenizar a inexperiência de Obama no assunto.
O anúncio da escolha do vice-presidente foi feito aos correligionários de Obama por meio mensagens de telefone celular e e-mail. O site oficial do candidato já estampa a foto dos dois democratas pedindo doações. A nomeação foi antecipada no começo da madrugada deste sábado por um membro do partido que falou na condição de anonimidade à Associated Press.
A designação foi o melhor segredo guardado de Washington até a noite passada quando se soube que dois dos principais "elegíveis", o governador da Virgínia, Tom Kaine, e o senador de Indiana Evan Bayh, haviam "saído" da lista.



