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Manifestantes socorrem colega ferido por explosão | Stringer/Reuters
Manifestantes socorrem colega ferido por explosão| Foto: Stringer/Reuters

Negligência

Comissão anticorrupção vai investigar denúncia contra primeira-ministra

Além da pressão para que renuncie, exercida pelos protestos de rua, a primeira-ministra Yingluck Shinawatra enfrenta agora problemas legais. A Comissão Nacional Anticorrupção anunciou na noite de quinta-feira que encontrou motivos para investigar as acusações de que ela foi criminalmente negligente no caso de exportação de excedente de arroz para a China. A comissão já afirmou que há bases para indiciar também seu ex-ministro do Comércio e mais de dez outras autoridades. Caso seja considerada culpada, Yingluck será forçada a renunciar. Seus partidários temem que a medida seja parte de uma ação legal da oposição para derrubá-la.

Dezenas de pessoas ficaram feridas ontem na capital da Tailândia, após a explosão de uma granada no meio de uma manifestação de opositores do governo. Os serviços de emergência de Bangcoc informaram que 36 pessoas ficaram feridas, a maior parte sem gravidade, embora um homem estivesse passando por uma cirurgia.

Suthep Thaugsuban, líder dos manifestantes, estava alguns metros atrás do caminhão para onde o artefato explosivo foi jogado. Ele não se feriu, disse seu porta-voz Akanat Promphan.

O país vem sendo assolado por várias crises desde que o Exército derrubou o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra em 2006, sob acusação de suposto desrespeito à monarquia. Novos problemas políticos surgiram no final do ano passado depois de o partido governista ter tentado aprovar uma lei de anistia que teria permitido que Thaksin voltasse do exílio.

Manifestantes contrários ao governo e que querem a queda da irmã de Thaksin, a primeira-ministra Yingluck Shinawatra, tomaram sete importantes vias e viadutos de Bangcoc nesta semana, bloqueando os locais com sacos de areia, pneus e barricadas.

Os protestos, que também têm como objetivo impedir a realização das eleições em 2 de fevereiro, convocadas por Yingluck para conter a crise, têm sido pacíficas, embora tenham ocorrido ataques durante a noite. Dentre eles disparos contra locais de encontros de manifestantes e o lançamento de explosivos contra casas de oponentes do governo. A autoria dos ataques é desconhecida.

A polícia informou que a granada lançada contra os manifestantes ontem foi jogada de um prédio abandonado. O explosivo é parecido com o que foi lançado na terça-feira contra a casa do ex-primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva.

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