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Vista da parte externa de mesquita em Kandahar, Afeganistão, após explosões que deixaram dezenas de mortos e feridos, 15 de outubro
Vista da parte externa de mesquita em Kandahar, Afeganistão, após explosões que deixaram dezenas de mortos e feridos, 15 de outubro| Foto: EFE/EPA/STRINGER

Uma grande explosão em uma mesquita deixou pelo menos 37 mortos e 70 feridos na cidade de Kandahar, sul do Afeganistão, disseram autoridades locais. A explosão ocorreu às 13h locais (5h30 de Brasília) durante as orações de sexta-feira, que costumam reunir grande número de fiéis, na mesquita Imam-Bargah, a maior frequentada por muçulmanos xiitas na cidade.

Esse é o segundo ataque contra uma mesquita xiita em duas sextas-feiras consecutivas e ocorre na cidade considerada o centro do regime Talibã.

As pessoas que ficaram feridas em decorrência da ação foram encaminhadas para o hospital municipal, disse à Agência Efe um funcionário do governo da cidade, que pediu para ser mantido em anonimato.

Qari Saeed Khosty, um porta-voz do Ministério do Interior afegão, confirmou a explosão dentro da mesquita, que, segundo ele, causou número ainda indeterminado de mortes.

"Forças especiais do Emirado Islâmico (como os talibãs se autodenominam) chegaram ao local para determinar a natureza do ataque e outros detalhes, além de levar os culpados à justiça", disse o representante da pasta.

Uma testemunha relatou à agência de notícias AFP ter ouvido três explosões: uma no portão principal da mesquita, uma em uma área ao sul e uma terceira no local onde os fiéis se lavam. Outra testemunha disse à agência Associated Press que quatro homens-bomba atacaram o templo - dois detonaram explosivos em um portão de segurança, permitindo que os outros dois entrassem para atacar a congregação de fiéis.

Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

Uma semana atrás, em outro ataque contra mesquita xiita, ocorrido na cidade de Kunduz, no norte do Afeganistão, pelo menos 80 pessoas morreram e cerca de 100 ficaram feridas.

O atentado da semana passado foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico e aumentou a tensão entre os xiitas, que foi iniciada com a tomada de poder dos talibãs no país asiático, em 15 de agosto.

Os líderes da minoria em Kunduz fizeram apelo para que os fundamentalistas ofereçam proteção aos xiitas, assim como aos locais de culto, depois da proibição do uso de armas para segurança própria.

Nos últimos anos, o EI realizou inúmeros ataques contra a minoria xiita, em especial contra a etnia hazara, embora hoje, algumas das vítimas fossem pashtun, majoritária no país e que é a etnia dos talibãs.

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