Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Revolta árabe

Explosão mata 11 em Damasco e aumenta tensão na Síria

Retomada da violência marca chegada de observadores da missão especial da ONU ao país

Um atentado deixou ao menos 11 mortos ontem em Damasco, no momento em que manifestantes se reuniam em todo o país atendendo à convocação de militantes hostis ao regime do presidente Bashar Assad. Segundo a rede de tevê oficial, 28 pessoas ficaram feridas.

O atentado, ocorrido em frente da mesquita Zein al-Abidin, ocorreu "quando os fiéis saíam da mesquita". As imagens transmitidas mostravam o local da explosão, debaixo de uma ponte onde as pessoas corriam gritando e do qual saía fumaça.

Pouco antes, uma explosão atingiu a zona industrial de Damasco, perto da companhia nacional de transportes, sem deixar vítimas, segundo a entidade opositora Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Os ataques ocorreram no momento em que uma primeira equipe de observadores da ONU está mobilizada na Síria para supervisionar um cessar-fogo, que entrou em vigor no dia 12 de abril, de acordo com o plano elaborado pelo emissário internacional Kofi Annan, mas que foi constantemente violado desde então.

Outros atentados suicidas já atingiram o centro de Damasco em dezembro de 2011 e janeiro de 2012, praticados nos bairros de Midan e de Kafar Soussé.

As autoridades responsabilizaram "grupos terroristas armados" pelos atentados, enquanto a oposição acusou o regime.

Anistia

Em um comunicado, a Anistia Internacional denunciou "a tendência recente ao aumento da violência, que explodiu logo após o início da visita dos observadores da ONU" e indicou um registro de pelo menos 362 mortos desde o começo de sua missão, no dia 16 de abril.

O secretário-geral da ONU, ­­Ban Ki-moon, nomeou o­­ general Robert Mood para a chefia da missão. Esse norueguês de 54 anos, que estava a caminho de Damasco ontem, já negociou a mobilização dos 30 primeiros observadores. Dentro de um mês, ele já deverá liderar outros 100 membros da missão, dos 300 previstos.

Segundo uma estimativa da ONU, a violência e a repressão obrigaram mais de 65 mil sírios a fugirem de seu país, sendo a grande maioria para a Turquia e para o Líbano.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.