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Pelo menos 3 pessoas morreram em ataque com carro-bomba em Ciudad Juarez, no México | Reuters
Pelo menos 3 pessoas morreram em ataque com carro-bomba em Ciudad Juarez, no México| Foto: Reuters

A explosão que matou ao menos três pessoas, incluindo dois policiais, na cidade mexicana de Ciudad Juarez foi causada por um carro-bomba acionado por um celular, disse um porta-voz do Exército mexicano nesta sexta-feira.

A explosão ocorreu em um cruzamento da cidade, que fica na fronteira do México com a cidade norte-americana de El Paso, no Texas, na noite de quinta-feira.

O Ministério da Segurança mexicano disse que o ataque foi uma retaliação à prisão de um chefe de um cartel de drogas.

"Havia 10 quilos de explosivos, ativados a distância por um telefone celular", afirmou à Reuters o porta-voz do Exército no local, Enrique Torres.

Não estava imediatamente claro que tipo de explosivo foi usado na explosão, ou quem era o responsável.

Foi o primeiro ataque do tipo desde que o presidente Felipe Calderón assumiu, em 2006, e deu início a uma ofensiva contra os grupos narcotraficantes.

Guerra das drogas já matou 7.000 em 2010

Os assassinatos relacionados ao narcotráfico no México já superam os 7.000 desde o começo do ano, disse na sexta-feira o procurador-geral Arturo Chávez.

Segundo Chávez, desde que o presidente Felipe Calderón assumiu o cargo e declarou guerra ao narcotráfico, em dezembro de 2006, já ocorreram 24.826 mortes nos confrontos entre os cartéis da droga, e destes contra as forças do Estado.

Em várias regiões, especialmente em Ciudad Juarez, na fronteira com os EUA, a situação é descontrolada, apesar da presença de milhares de policiais e soldados.

"O problema que nos afeta (...) foi gestado talvez ao longo de décadas. Acho que a solução também vai demorar", disse o procurador-geral a jornalistas.

A estratégia do governo tem sido questionada por causa da violência que tem gerado, resultando na morte de muitos civis inocentes, inclusive crianças apanhadas no fogo cruzado. Críticos dizem também que a falta de segurança tem afugentado investidores do país.

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