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Um terrorista suicida dirigindo um caminhão pequeno carregado com explosivos detonou o veículo perto de uma faculdade de Bagdá nesta terça-feira, matando 18 pessoas, um dia depois que explosões destruíram dois mercados lotados da cidade, matando dezenas de civis.

Forças dos Estados Unidos e do Iraque lançaram um plano de segurança em Bagdá para tentar conter os ataques com bombas e tiros diários que tornaram a cidade um dos lugares mais perigosos do mundo.

A polícia disse que o suicida detonou os explosivos em um estacionamento entre a Faculdade de Ciências Econômicas, universidade particular na região residencial de Iskan, na zona oeste de Bagdá, e um grande armazém de alimentos do Ministério do Comércio.

A explosão, que segundo a polícia destruiu uma casa e danificou muitas outras, acontece depois das bombas que mataram pelo menos 77 pessoas em dois mercados de Bagdá na segunda-feira.

Autoridades militares dos EUA dizem que a ação em Bagdá está em seus estágios iniciais e que as medidas "totais'' em busca de militantes e armas ilegais ainda não começaram.

O presidente George W. Bush disse que está mandando mais 17 mil soldados para a ação em Bagdá, considerada a última chance para evitar uma guerra civil total entre a maioria xiita e a minoria sunita do país.

Tentativas anteriores de evitar os ataques com bombas e a ação de esquadrões da morte em Bagdá fracassaram.

Críticos dizem que a ação é limitada e acontece muito tarde, afirmando que os iraquianos estão cansados de quatro anos de guerra que matou milhares de pessoas e se perguntam se o plano pode mesmo encerrar o conflito entre as seitas muçulmanas profundamente divididas. Bush enfrenta também críticas dos americanos que são contra o envio de mais tropas.

Legisladores democratas apresentaram na segunda-feira uma resolução contra o envio de mais soldados ao Iraque, estabelecendo um confronto à estratégia de guerra de Bush.

Pesquisas mostram que a maioria dos americanos discorda do plano. A frustração com a guerra no Iraque foi um fator importante para a vitória dos democratas na eleição de novembro.

As explosões de segunda-feira foram ouvidas durante discurso do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, que é xiita, em cerimônia para lembrar o ataque contra uma mesquita em Samarra em fevereiro de 2006, evento que disparou a onda de violência.

Ele estava na escada na frente do seu escritório e advertiu que o Iraque não teria futuro a não ser que o plano de Bagdá tivesse resultado. Depois, fez uma pausa enquanto a primeira explosão ecoava na capital. A segunda ocorreu minutos depois.

No ataque mais letal, explosões simultâneas no mercado Shorja, o mais antigo de Bagdá, mataram 71 pessoas, destruíram lojas e incendiaram um armazém de oito andares, lançando uma coluna de fumaça ao ar.

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