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Equipe do FBI trabalha ao lado do carro onde estavam os dois homens que atacaram a exposição. | Laura Buckman / Reuters
Equipe do FBI trabalha ao lado do carro onde estavam os dois homens que atacaram a exposição.| Foto: Laura Buckman / Reuters

Um homem que já havia sido condenado nos Estados Unidos por mentir sobre sua intenção de se unir a um grupo radical islâmico na Somália e outro que havia morado no Paquistão atacaram uma exposição de caricaturas do profeta Maomé no estado do Texas na noite de domingo. Os dois estavam armados e foram mortos pela polícia.

Segurança

A polícia planejou por meses a segurança para a exibição de caricaturas do profeta Maomé, no Texas, onde dois homens foram mortos a tiros por policiais. Os dois homens, que portavam rifles de assalto, começaram a atirar em uma viatura policial no evento de domingo em Garland, no Texas. Os homens foram mortos a tiros de pistola por um policial, disse o porta-voz da polícia de Garland, Joe Harn, durante entrevista coletiva. Os organizadores do evento pagaram US$ 10 mil dólares para a segurança do local, disse Harn. Também havia seguranças particulares.

Elton Simpson, de 30 anos, era considerado um velho conhecido do FBI. Em 2011, ele foi condenado a três anos de liberdade condicional por mentir sobre seus propósitos de viajar à Somália para se unir a um grupo radical islâmico. O juiz o condenou por mentir às autoridades, mas não havia provas de que ele pretendia se juntar aos extremistas.

Além disso, o FBI e o Departamento de Polícia de Phoenix abriram há meses outra investigação contra Simpson devido após ele manifestar em redes sociais manifestações de apoio ao Estado Islâmico (EI).

O companheiro de Simpson no ataque de domingo ao Centro Curtis Culwell de Garland, cidade da região de Dallas, foi identificado como Nadir Soofi, de 34 anos.

Segundo um perfil nas redes sociais, em 1998 ele se graduou na Universidade Internacional de Islamabad, no Paquistão, e depois se mudou para os Estados Unidos. Ele morou em Salt Lake City (Utah), para continuar seus estudos. Mais tarde, mudou-se para Phoenix, onde vivia no mesmo complexo de Simpson.

Corpo de um dos extremistas é retirado do local do ataque.
Laura Buckman
/
Reuters

O presidente do Centro Islâmico de Phoenix, Usama Shami, disse que os dois homens frequentaram a mesquita da cidade, mas que há algum tempo deixaram de visitá-la. Segundo Shami, Simpson era convertido ao Islã e não mostrava sinais de politização, mas suas dúvidas “eram bastante básicas e religiosas”.

O pai de Simpson, Dunston Simpson, lamentou que seu filho “tivesse tomado uma má decisão”. “Somos americanos e acreditamos nos Estados Unidos”, disse.

Os porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, ressaltou que “nenhum ato de expressão, mesmo se for ofensivo, justifica um ato de violência”.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também condenou o ataque e argumentou que “as ideias só devem ser defendidas através do debate democrático e do diálogo”.

O ataque

Simpson e Soofi chegaram na noite de domingo a um estacionamento próximo ao centro onde era exibia a mostra, que contava com um esquema especial formado por policiais e seguranças particulares.

Eles saíram de seu veículo armados com espingardas e coletes à prova de balas, atiraram em um segurança, atingindo-o no tornozelo, e em um policial, que repeliu o ataque e conseguiu matá-los. No carro havia mais munição.

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