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Fabian Gutierrez, ex-secretário da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner| Foto: Divulgação/Telam/AFP

Fabián Gutiérrez, ex-secretário de Cristina Kirchner, foi encontrado morto e enterrado em El Calafate, na província de Santa Cruz, sul da Argentina, neste fim de semana. Ele estava desaparecido desde quinta-feira passada. Quatro pessoas admitiram à polícia que participaram do crime. Uma autópsia preliminar identificou que Gutiérrez foi torturado e golpeado antes de ser morto por asfixia. Segundo o Infobae, o cadáver estava desfigurado, apresentando sinais de tortura, três corte no pescoço e dois golpes no crânio.

O juiz Carlos Narvarte, que está a frente do caso, disse neste domingo (5) que, ao que parece, Gutiérrez, 36 anos, estava sendo extorquido, e que o crime não tem elemento político que justifique que o caso seja transferido para a esfera federal.

Os quatro homens que admitiram o assassinato, o mais velho deles com 23 anos, afirmaram que mataram Gutiérrez na casa da vítima. Um deles, identificado como Facundo Zaeta, de 19 anos, disse ter uma relação íntima com Gutiérrez. Fontes disseram ao Infobae que o plano dos suspeitos era criar um vínculo amoroso com o ex-secretário de Kirchner para depois poder chantageá-lo e conseguir dinheiro.

Em 2018, Gutiérrez foi um dos delatores da investigação sobre corrupção dos governos Kirchner que ficou conhecida na Argentina como "cadernos de propinas". A família da vítima, porém, pede que a vice-presidente Cristina Kirchner não seja envolvida no caso.

"Nós descartamos que esse crime esteja relacionado à vice-presidente Cristina Kirchner", disse o advogado da família, Gabriel Giordano.

Neste fim de semana, a coligação opositora Juntos por el Cambio afirmou em comunicado que a morte de Gutiérrez é "um crime de extrema gravidade institucional" e que poderia ter relação com crimes federais - referência à causa dos "cadernos de propinas".

A família de Gutiérrez também pediu que nenhum parente de Kirchner esteja envolvido no processo de investigação, já que a promotora do caso é Natalia Mercado, sobrinha da vice-presidente.

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