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A Marinha indiana disse que uma "falha de sistema" nos serviços de segurança e inteligência levou aos ataques de militantes islâmicos em Mumbai que mataram 183 pessoas, informou a agência de notícias PTI nesta terça-feira.

A polícia indiana, a guarda costeira e as comunidades de inteligência procuram culpados e questionam se havia alguma informação que poderia ter sido usada para impedir o atentado de três dias na capital financeira do país.

"Talvez haja uma lacuna e vamos trabalhar para resolver isso. Existe uma falha de sistema que precisa ser solucionada", disse o almirante Sureesh Mehta, comandante da Marinha, em uma entrevista coletiva.

Fontes de inteligência disseram ao canal de notícias NDTV que tinham emitido uma série de alertas sobre um possível ataque em Mumbai por mar nos meses que precederam os atentados da semana passada.

O mais recente alerta, avisando que o 'braço marítimo' do grupo militante Lashkar-e-Taiba, sediado no Paquistão, planejava atacar foi divulgado somente oito dias antes do incidente, disse o canal de TV.

Mehta prometeu que o governo vai dar uma resposta adequada aos ataques dos militantes, acrescentando que a Marinha não havia recebido nenhum informação "acionável" que poderia ter impedido os ataques, de acordo com a agência PTI.

Os pescadores, às vezes vistos como os olhos e ouvidos da guarda costeira na Índia, disseram que o governo ignorou seus alertas quatro meses atrás sobre militantes usando rotas marítimas para trazer explosivos para Mumbai com ajuda do submundo da cidade.

Muitos indianos expressaram indignação com os aparentes lapsos dos serviços de inteligência e a reação lenta das forças de segurança aos ataques contra os dois hotéis mais luxuosos de Mumbai e outros marcos da cidade de 18 milhões de habitantes.

Mehta conclamou uma coordenação melhor entre agências de inteligência e de segurança, e disse que o governo está ciente do repúdio popular e do debate que se seguiu aos ataques em Mumbai, relatou a PTI.

"Estamos plenamente conscientes disso e do debate. A questão é que se trata de um tema de segurança sério."

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