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Muitos republicanos dos EUA se mostram cada vez mais preocupados com Mitt Romney, favorito para receber a indicação partidária à Casa Branca, mas ninguém está apertando o botão do pânico - ainda.

Isso, porém, pode mudar rapidamente caso Romney não reverta tripla derrota de terça-feira para Rick Santorum. Para isso, ele precisará vencer nos estados do Arizona e Michigan, no dia 28, e ter um bom desempenho nos dez estados que votam em 6 de março, a "Super Terça".

As derrotas de Romney na terça-feira - por 5 pontos percentuais no Colorado, onde era favorito, e por impressionantes 20 em Missouri e 28 em Minnesota - reavivaram as dúvidas sobre a penetração dele junto ao eleitorado conservador, que o vê com desconfiança por causa da sua passagem pelo governo de Massachusetts, um Estado historicamente liberal.

As votações da terça-feira foram marcadas por um baixo comparecimento dos eleitores, e estrategistas republicanos admitiram que essa aparente falta de entusiasmo também gera dúvidas sobre a capacidade de Romney para atrair eleitores independentes, que serão decisivos caso ele seja o indicado republicano para enfrentar o presidente Barack Obama na eleição de 6 de novembro.

Um eventual novo tropeço, disseram os estrategistas, poderia levar muitos na cúpula partidária a repensarem seu apoio a Romney.

"Uma derrota de Romney no Arizona causaria alarme; uma derrota em Michigan seria pânico total", disse Dan Schnur, que participou da pré-candidatura presidencial do republicano John McCain em 2000.

Uma pergunta importante para os republicanos: se não for Romney - mesmo um enfraquecido Romney -, quem então poderia ser o candidato do partido?

Favorito

Romney ainda é visto como franco favorito para vencer a disputa interna, em parte por causa das dúvidas quanto à capacidade dos seus três rivais - Santorum, Newt Gingrich e Ron Paul - para ganhar a eleição geral.

Santorum, ex-senador pela Pensilvânia, tem rígidas posturas contra o aborto e o casamento homossexual, e sua lucrativa carreira como consultor em Washington está agora começando a ser apontada negativamente por Romney.

Em 2006, o eleitorado da Pensilvânia rejeitou um novo mandato para ele no Congresso, por uma margem de 18 pontos percentuais.

Gingrich, ex-presidente da Câmara dos Deputados, já vem sendo alvo de propagandas de Romney que o criticam por violações éticas no Congresso e por seu trabalho como consultor para a empresa de hipotecas Freddie Mac, que lhe pagava 25 mil dólares por mês.

O libertário Paul, deputado pelo Texas, tem uma leal base de apoiadores, mas seu apelo é limitado até dentro do Partido Republicano, em parte porque ele propõe limitar dramaticamente o papel dos EUA em assuntos internacionais e reduzir significativamente a presença militar norte-americana no exterior.

Para Romney, a fórmula para afastar dúvidas sobre sua candidatura é simples: vencer em mais estados.

"Quando há preocupações sobre um candidato, a única forma de colocá-las de lado é ganhar", disse Schnur. "Não há nada de errado com Mitt Romney que uma vitória em um Estado importante como Ohio (que vota em 6 de março) não cure."

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