• Carregando...
Rodrigo Londoño, antes conhecido como Timochenko, foi um dos sete membros da última secretaria das Farc que assinaram carta aberta reconhecendo responsabilidade pelo massacre no departamento de Huila
Rodrigo Londoño, antes conhecido como Timochenko, foi um dos sete membros da última secretaria das Farc que assinaram carta aberta reconhecendo responsabilidade pelo massacre no departamento de Huila| Foto: EFE/Mauricio Dueñas Castañeda

Sete ex-comandantes da extinta guerrilha das Farc reconheceram nesta segunda-feira (27) sua responsabilidade no “crime hediondo” que vitimou nove vereadores de Rivera, no departamento de Huila, no sul da Colômbia, que está completando 17 anos.

“Hoje, os signatários do Acordo de Paz, a ex-Secretaria e o desaparecido Bloco do Sul, reconhecem a responsabilidade pelo massacre dos vereadores de Rivera”, disseram sete dos integrantes da última secretaria das Farc, que inclui seu último líder, Rodrigo Londoño conhecido em tempos de guerrilheiro como Timochenko.

Em 27 de fevereiro de 2006, membros da coluna móvel Teófilo Forero, do Bloco Sul das Farc, invadiram um hotel onde se reunia o Conselho de Rivera, abrindo fogo contra os 11 vereadores que estavam no local, nove dos quais foram mortos. Os outros dois ficaram feridos.

Os ex-líderes das Farc reconhecem agora que foi “um plano premeditado”, onde reuniram informações sobre o local do massacre e determinaram “os guerrilheiros que o executariam”.

“Reconhecemos os danos irreparáveis causados às suas famílias, em especial suas esposas, filhos e filhas, que perderam o sustento econômico e, sobretudo, o amor e a companhia de um ser querido”, diz a carta aberta publicada pelos antigos guerrilheiros.

O reconhecimento de responsabilidade é uma primeira ação de reparação do ex-alto comando das Farc, o que já haviam feito com outros massacres perpetrados e que costuma ser seguida de um pedido de perdão às vítimas e seus familiares.

Neste caso, Londoño, juntamente com Julián Gallo, Pablo Catatumbo, Pastor Alape, Milton de Jesús Toncel, Rodrigo Granda e Jaime Alberto Parra asseguram que iniciaram um “processo de esclarecimento e reconhecimento dos fatos”, mas reconhecem que suas “contribuições (realmente) não foram satisfatórias”.

“Queremos reiterar nosso desejo de restabelecer o processo de reconhecimento de responsabilidades, oferecer a vocês os resultados de nossa investigação que dará respostas a tantas perguntas e contribuições para a verdade de que vocês, vítimas, precisam”, disseram.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]