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As Farc anunciaram nesta sexta-feira (4) que estão prontas para fechar um acordo com o governo colombiano sobre a erradicação de plantações ilícitas como parte do diálogo de paz em Cuba, mas diferenças sobre como acabar com o narcotráfico ameaçam travar as negociações para pôr fim ao conflito.

O presidente Juan Manuel Santos necessita urgentemente avançar e mostrar resultados nas negociações de paz, sua principal bandeira política para reeleger-se no pleito de final de maio.

O negociador-chefe dos guerrilheiros, Iván Márquez, disse que "estavam em uma dinâmica positiva de entendimento com a outra parte" para resolver a questão dos cultivos ilícitos na Colômbia.

"Estamos desenvolvendo o primeiro dos três itens relacionados a essa temática. Da nossa parte, não há inconveniente. Se não surgirem obstáculos essa primeira etapa poderia ser esvaziada para passar para o segundo ponto que é muito importante, o consumo como um problema de saúde", disse a jornalistas.

Pouco antes de sentar à mesa de diálogo em Havana, Márquez assegurou que o problema fundamental está na "erradicação do comércio, o narcotráfico e a forte temática que contém", como a lavagem de dinheiro.

O grupo guerrilheiro, que nega participação no tráfico de drogas, mas é acusado pelas Forças Militares de obter recursos milionários com a cocaína, havia proposto anteriormente que uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) façam um diagnóstico sobre o estado atual do negócio e sua influência no país.

A Colômbia é um dos principais produtores mundiais de cocaína com aproximadamente 300 toneladas anuais.

O país sul-americano também cultiva maconha e papoula, matéria-prima para a heroína, vendidas pelos camponeses pobres que sobrevivem com a comercialização a grupos armados ilegais ligados ao narcotráfico.

O grupo rebelde e o governo anunciaram no fim de semana avanços substanciais na construção de acordos para solução ao problema das drogas ilegais, assunto discutido atualmente.

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