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Imagem de Tanja em vídeo de 2007 na selva colombiana | AFP
Imagem de Tanja em vídeo de 2007 na selva colombiana| Foto: AFP

Guerrilheira pop

Jovem holandesa representa guerrilha em reunião

Uma jovem holandesa que entrou para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) faz dez anos roubou a cena às vésperas da reunião entre líderes da guerrilha e integrantes do governo colombiano. Tanja Nijmeijer, que hoje está com 34 anos, foi indicada para participar das negociações de paz que começaram ontem na Noruega.

Tanja viajou pela primeira vez à Colômbia em 1998, aos 21, para dar aulas de inglês. Ela entrou para a guerrilha em 2002. Sua história chamou a atenção da imprensa em 2007, quando o Exército colombiano encontrou seu diário em meio aos restos de um acampamento bombardeado. Sua família viajou diversas vezes à Colômbia para convencê-la a retornar, mas ela sempre se negou a deixar a guerrilha.

Uma equipe do governo­­ da Colômbia e um grupo­­ das Forças Armadas Revolu­­cio­­nárias da Colômbia (Farc) iniciaram ontem nas proximidades de Oslo, na Noruega, a segunda fase das negociações de paz para tentar encerrar o conflito armado mais antigo das Américas.

A reunião foi a portas fechadas. As duas delegações devem falar à imprensa hoje em Hurdal, nos arredores da capital norueguesa, segundo o Ministério das Relações Exteriores do país.

Noruega e Cuba, para onde as negociações se trasladarão nas próximas semanas, são países "fiadores" do processo anunciado pelo governo Juan Manuel Santos em setembro passado. Venezuela e Chile "acompanharão" as reuniões entre as partes.

Otimismo

Segundo a delegação colombiana, nas reuniões de Oslo serão definidos aspectos logísticos do diálogo.

De acordo com agenda acordada na primeira fase das negociações, cinco temas nortearão as conversas: questão agrária, participação política, condições para o fim do conflito, narcotráfico e situação das vítimas.

À diferença de processos anteriores, a negociação se dará sem cessar-fogo em terreno na Colômbia, um aspecto que divide especialistas.

A guerrilha chegou a sugerir o fim das hostilidades, mas o governo colombiano rejeitou a opção.

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