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A guerrilha colombiana das Farc disse neste sábado (25) que espera chegar a um acordo no domingo (26), no primeiro tópico da agenda sobre o tema agrário, o que seria um passo histórico nas conversações de paz que mantém com o governo da Colômbia para encerrar um conflito armado interno de meio século.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo do presidente Juan Manuel Santos iniciaram há seis meses as primeiras negociações de paz em uma década, em um processo cheio de críticas, acusações mútuas e ameaças de abandonar as conversas.

Ambos os lados estão programados para fechar no domingo o ciclo de diálogo que ocorre em Cuba desde novembro.

O processo, no entanto, segue uma agenda de cinco pontos que, além da questão da terra, inclui o envolvimento dos guerrilheiros na política, a luta contra o tráfico de drogas, o fim do conflito e a indenização das vítimas.

"Sim, é claro, deve terminar amanhã. Há possibilidades e se apresentará um documento conjunto, original, assinado por ambas as partes", disse a jornalistas Andres Paris, um dos membros da equipe de negociação das Farc, referindo-se à questão da terra .

"Nós todos estamos fazendo o esforço que isso ocorra assim", disse ele.

Paris observou, entretanto, que não poderia dizer se já se passaria para o segundo tema na agenda, mas afirmou que "se supõe que ao chegar a um acordo (sobre o tema agrário), se tratará de outro problema".

Apesar dos obstáculos nas negociações, os dois lados mantiveram um otimismo moderado e argumentam que o saldo após seis meses de negociações é "positivo". O conflito causou mais de 100.000 mortes e impede o desenvolvimento econômico do país.

Um possível acordo no domingo sobre a questão do desenvolvimento agrário integral daria sinais de solução para uma das razões pelas quais as Farc surgiram como um exército camponês reivindicando acesso e redistribuição de terras.

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