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À direita, a advogada e os dois militares libertados ontem pelas Farc, durante reunião com o ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón (2º à esquerda) | Mauricio Orjuela/Efe
À direita, a advogada e os dois militares libertados ontem pelas Farc, durante reunião com o ministro de Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón (2º à esquerda)| Foto: Mauricio Orjuela/Efe

Guerrilha

General era o militar do mais alto escalão já sequestrado

O general Rubén Darío Alzate, o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego, libertados ontem pelas Farc, foram entregues ao exército colombiano na base militar de Rionegro, próxima à cidade de Medellín, no noroeste do país, informou a Cruz Vermelha Internacional.

Alzate é o militar do mais alto escalão já sequestrado pelas Farc e sua captura provocou a suspensão por parte do presidente colombiano, Juan Manuel Santo, dos diálogos de paz que mantém há dois anos com as Farc em Havana.

Alzate e seus acompanhantes foram libertados pelo ‘Bloque Ivan Ríos’ das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no casario de Vegáez, ao norte de Quibdó, capital do departamento (estado) de Chocó (noroeste), conforme informou guerrilha em comunicado.

Exatamente neste lugar os três foram sequestrados em 16 de novembro.

O responsável do CICV na Colômbia, Christoph Harnisch, informou em comunicado que a operação foi realizada "graças à confiança que as partes depositam na instituição e em seu trabalho humanitário". Além disso, ele disse que após verificar que os três libertados se encontravam em ótimas condições para viajar, eles foram transferidos a Rionegro.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou ontem que a libertação do general Rubén Darío Alzate e seus dois acompanhantes por parte das Farc cria um clima propício para retomar os diálogos de paz com a guerrilha em Cuba, suspensos desde o sequestro do grupo há duas semanas.

O chefe de Estado manifestou em comunicado que as Farc agiram conforme a lei ao libertar o general, o cabo Jorge Rodríguez e a advogada Gloria Urrego no departamento de Chocó, onde foram sequestrados em 16 de novembro.

"É evidente que essa decisão contribui para recuperar o clima propício para continuar os diálogos, demonstra a maturidade do processo e permite unir nossa voz à de milhões de colombianos que expressam sua solidariedade com os libertados", expressou o presidente.

Na madrugada de 17 de novembro, horas após ser confirmado o sequestro, Santos anunciou a suspensão do ciclo de diálogos com as Farc que deveria começar no dia seguinte em Havana e condicionou o reatamento à libertação.

Ontem, após a confirmação da libertação, o presidente afirmou que se reunirá com sua delegação nos diálogos de Havana para definir seu retorno à capital cubana e o reatamento das conversas, que abordam o quarto de cinco pontos da agenda, centrado nas vítimas.

"Vou me reunir com os negociadores para discutir os termos de retorno a Havana. Reafirmo que a agenda da negociação com as Farc é sobre os cinco pontos estipulados e isso não mudou. Alcançamos acordos sobre três pontos e seguiremos trabalhando para conseguir acordos nos dois restantes", acrescentou.

Regras

Em comunicado no qual confirmaram a libertação dos três reféns , as Farc pediram "redesenho das regras de jogo" do processo de paz e convidaram o governo colombiano a acertar um cessar-fogo bilateral.

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