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,As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ordenaram neste domingo (19) a todas suas forças que “cessem toda ação ofensiva” a partir da primeira hora desta segunda-feira (20), como tinham anunciado, e pediram “plenas garantias” ao governo de Juan Manuel Santos.

“Comunicamos a todos os nossos Blocos, Frentes, Colunas, Companhias e demais estruturas político militares, da mesma forma que às milícias bolivarianas e populares e estruturas subordinadas, que a partir da 0h de 20 de julho rege a ordem de cessar toda ação de caráter ofensivo contra as forças armadas do Estado e a infraestrutura pública e privada”, indicou uma declaração assinada pelo Secretariado Nacional das Farc.

O grupo rebelde lembrou que a ordem de suas forças de cessar-fogo unilateral “obedece ao chamado dos países fiadores, Cuba e Noruega, e dos acompanhantes, Venezuela e Chile, das conversas de paz que acontecem em Havana”.

E também ao “avassalador” número de pedidos públicos, cartas e mensagens em redes sociais dirigidos aos seus negociadores no processo de paz por personalidades, organizações sociais e políticas, igrejas, juntas de ação comunal e movimentos populares.

Em 8 de julho as Farc anunciaram uma trégua unilateral de um mês a partir de amanhã em resposta ao pedido pela redução da intensidade do conflito, feito pelos governos fiadores e acompanhantes das negociações de paz.

A guerrilha afirmou que cessar-fogo anunciado constitui um “sério compromisso” de sua organização e que “cada um dos comandantes e integrantes das Farc é responsável por seu estrito cumprimento”.

Esta medida “prática, de caráter humanitário, é um novo gesto” de sua parte com a intenção de “pactuar” com o governo colombiano “fórmulas cada vez mais efetivas de desescalamento do conflito”.

O grupo rebelde manifestou sua confiança de que a medida seja “estimada e valorizada em toda sua dimensão, para que não voltem a se repetir fatos lamentáveis que só prejudicaram os propósitos de paz e reconciliação”.

Mas alertou que “nenhuma unidade das Farc-EP está obrigada a se deixar atingir pelas forças inimigas e terá todo o direito ao exercício de sua legítima defesa em caso de ataque”.

“Consideramos que o governo nacional deve rodear de plenas garantias o exercício desta função patriótica, para por sua vez avançar com maior convencimento rumo a uma verdadeira acordo nacional”, acrescentaram.

Os negociadores de paz das Farc se reuniram no sábado em Havana com representantes de organizações que verificarão o cessar-fogo unilateral, entre elas, a Frente Ampla, Diálogo Intereclesial pela Paz, Constituintes pela paz e a Rede Universitária pela Paz.

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