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O maior líder cubano, Fidel Castro, disse em artigo publicado nesta quarta-feira que, embora seja "acossado" por perguntas sobre seu retorno, tudo vai bem na ilha depois de um ano sob o governo interino de seu irmão Raúl Castro.

Em seu novo texto, Fidel, que se afastou do poder em 31 de julho passado devido a uma doença intestinal, não esclarece se voltará às funções que ocupou ininterruptamente desde 1959.

"Acossam-me com perguntas sobre o momento em que voltarei a ocupar o que alguns chamam de poder", escreveu ele no artigo publicado pelo "Granma", jornal oficial do Partido Comunista.

"Compartilho com o povo a satisfação de observar que o prometido se ajusta à realidade inalterável: Raúl, o Partido, o Governo, a Assembléia Nacional, a Juventude Comunista e as organizações de massa e sociais marcham adiante guiados pelo princípio inviolável da unidade", acrescentou.

Há um ano, ao anunciar seu afastamento, Fidel garantiu que a interinidade do irmão Raúl seria provisória. Agora, no novo editorial, ele diz ser "consultado" por Raúl sobre cada "decisão importante".

Fidel, que completa 81 anos em 13 de agosto, foi submetido no último ano a várias cirurgias intestinais que o mantiveram, segundo ele mesmo, entre a vida e a morte.

O artigo de quarta-feira, intitulado "A chama eterna", parece concordar com a recente autocrítica de Raúl sobre os problemas da economia cubana. Por outro lado, Fidel rejeitou a proposta de negociação formulada na semana passada por seu irmão ao futuro sucessor do presidente dos EUA, George W. Bush, maior inimigo do regime comunista.

"Que ninguém tenha a menor ilusão de que o império, que leva em si os genes da sua própria destruição, negociará com Cuba", escreveu Fidel.

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