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O presidente cubano Fidel Castro reapareceu neste sábado (28) na televisão, após uma ausência na mídia de 40 dias. Ironizando as versões segundo as quais seu estado de saúde seria grave ou que estaria morto, Fidel disse: "agora vamos ver o que dizem, agora terão que me ressuscitar, não?".

"Agora, quando nossos inimigos prematuramente me declararam moribundo ou morto, me compraz enviar a nossos compatriotas e amigos em todo o mundo este pequeno material fílmico", disse Fidel, vestindo uma jaqueta esportiva.

Após mostrar o presidente folheando e lendo os títulos dos jornais Granma e Juventude Rebelde deste sábado, a TV exibiu imagens de Fidel muito mais refeito e caminhando sem ajuda.

O líder cubano de 80 anos foi submetido a uma complicada cirurgia intestinal em 27 de julho passado e quatro dias depois delegou o poder em caráter transitório a seu irmão, Raúl Castro.

Neste intervalo, Fidel enviou quatro mensagens escritas aos cubanos, dois vídeos e várias fotos, onde apareceu muito magro, pois nos primeiros 36 dias de convalescença perdeu mais de 17 quilos, segundo ele mesmo revelou.

Desde 18 de setembro passado, a imprensa não publicava mensagens, fotos ou vídeos do líder, despertando uma série de especulações sobre sua saúde. "Isto é caso haja dúvidas de se (o material) foi há dez dias ou foi hoje", disse Fidel ao mostrar e ler as principais manchetes do dia nos jornais.

Ele lembrou a advertência feita na mensagem de 1º de agosto, de que sua "recuperação seria longa e não isenta de riscos". "Participo de muitas coisas, observo as principais notícias pela televisão, também participo de muitas decisões mais importantes com os companheiros da direção do Partido (Comunista) e do governo", acrescentou.

Falando lentamente e enfatizando as palavras, Fidel afirmou: "faço tudo o possível para apoiar os companheiros e me sinto satisfeito".

O líder cubano mostrou um dos telefones do quarto onde convalesce e disse fazer "um número de ligações todos os dias". Fidel afirmou ainda que as especulações sobre a gravidade de seu estado de saúde e morte reproduzidas em meios de comunicação de vários países não o deprimem, ao contrário, "me estimulam a trabalhar e a lutar".

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