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Um cirurgião espanhol que examinou Fidel Castro disse na terça-feira que o líder cubano recupera-se de um problema no aparelho digestivo, não tem câncer e que poderá voltar a governar seu país.

O desaparecimento público de Fidel depois de uma cirurgia de emergência em julho provocou especulações sobre seu estado de saúde, mas o médico espanhol José Luis García Sabrido disse que o líder está bem.

``Sua atividade física é excelente, sua atividade intelectual está intacta, diria até fantástica. Ele está se recuperando da cirurgia anterior'', afirmou em entrevista coletiva García Sabrido, chefe de cirurgia do hospital Gregório Maranon, de Madri.

``Ele pede para voltar ao trabalho todos os dias, mas os médicos aconselharam-no contra'', disse ele, após voltar de Cuba.

García Sabrido, que voou para a ilha caribenha na semana passada a fim de examinar o líder comunista de 80 anos, disse que Fidel não precisará de uma nova cirurgia, mas deve passar por fisioterapia, manter uma dieta rigorosa e descansar.

``Ele não tem câncer. Ele tem um problema no aparelho digestivo'', afirmou o médico à Reuters após a entrevista coletiva.

Em Havana, autoridades cubanas não quiseram comentar as declarações do médico, mas o prognóstico dele é similar ao que elas vêm dizendo há meses. A população cubana desconhecia a visita do especialista espanhol ao país.

O chefe dos serviços de inteligência dos EUA, John Negroponte, afirmou ao jornal Washington Post no dia 15 de dezembro que Fidel morreria provavelmente dentro de alguns meses.

Mas García Sabrido disse que o líder cubano poderá voltar ao governo.

``Sim, se sua recuperação for completa'', disse.

O ministro de Defesa de Cuba, Raúl Castro, 75, irmão de Fidel, assumiu o comando do país temporariamente, no dia 31 de julho, quando o líder cubano afastou-se do poder pela primeira vez desde a revolução de 1959, devido ao problema de saúde.

Imagens de vídeo divulgadas no dia 28 de outubro mostraram Fidel reduzido a um homem idoso e frágil.

O parlamentar norte-americano William Delahunt, um dos líderes de uma delegação que visitou Cuba neste mês, disse ter concluído a partir de conversas mantidas com autoridades cubanas que Fidel, caso um dia retorne à cena política, ficaria encarregado de determinar as diretrizes gerais do país e não participaria mais das questões do dia-a-dia.

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