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O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, afirmou neste domingo (25) que os eleitores haviam promovido uma "revolução," ao dar a seu partido dois terços das cadeiras do parlamento para reconstruir a Hungria, após um colapso financeiro.

Com quase todos os votos do segundo turno contados, o partido de centro-diretira Fidesz ganhou 263 assentos, acima dos 258 necessários para a maioria de dois terços, expulsando os socialistas depois de oito anos e garantindo um mandato para aprovar as reformas e reanimar a economia.

"A revolução aconteceu hoje nas urnas," disse Orban a cerca de 4.000 simpatizantes em Budapeste.

"O povo húngaro derrubou hoje o regime de oligarquias que abusou de seu poder, e as pessoas criaram um novo regime, o regime de unidade nacional."

Fidesz esteve no poder entre 1998 e 2002. Agora, Orban pode formar pela primeira vez um governo sem coalizão em 20 anos de história da Hungria pós-comunista.

A perspectiva de um governo forte é vista por analistas como positiva para a moeda forint e os mercados financeiros a curto prazo, mas Fidesz não gozará de um período de lua de mel por muito tempo.

Os investidores vão querer ver planos claros sobre como ele quer impostos mais baixos, além de manter o déficit orçamentário sob controle.

A Hungria, que tem um histórico de superação do déficit, estabilizou as finanças com cortes de gastos no ano passado. Com a sua dívida pública ainda em torno de 80 por cento do Produto Interno Bruto, o novo governo não terá muito espaço de manobra e terá de colocar a dívida em uma trajetória descendente.

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