O procurador-geral do Reino Unido, Lorde Peter Goldsmith, foi acusado nesta quarta-feira de ter participado de uma sessão secreta em uma corte de Londres para esconder o montante exato de impostos que a rainha Elizabeth II sonegou, ao receber a herança de sua progenitora Rainha Mãe.
Segundo informou o jornal inglês The Guardian, Lord Goldsmith fez um acordo em 2002 com a juíza da Corte Suprema, Elizabeth Butler-Sloss, para que os detalhes da herança da Rainha Mãe fossem mantidos em sigilo.
A informação apareceu depois que o Guardian exigiu conhecer essa sessão da corte, desafiando o sigilo que cobre as heranças reais.
Na audiência na Corte Suprema de Londres, o advogado Geoffrey Robertson pediu os detalhes da herança da Rainha Mãe e de sua filha Princesa Margaret, em favor de seu cliente Robert Brown, que afirma ser filho ilegítimo da irmã de Elizabeth II. Robertson declarou diante do juíz Sir Mark Potter que existiu encobertamento nas heranças reais.
- Esta prática ilegal, inconstitucional e secreta cresceu enormemente e levou o procurador-geral e a corte a pedir que as heranças reais ficassem fora da lei - afirmou o jurista.
Segundo o advogado de Brown, essa norma é uma "antiga convenção constitucional", como alega a realeza, já que foi aprovada pelo Parlamento em 1911, para esconder a herança do príncipe Francis, cunhado do rei George V, que tinha presenteado uma amante com jóias da coroa.
Por sua vez, os advogados da realeza pediram ontem pela inconstitucionalidade do pedido de Brown, acusado de ter uma "obsessão insana" com a princesa Margaret.
A corte admitiu ter recebido em 2005 os pedidos de 27 pessoas afirmando ser filhos ilegítimos da realeza britânica. As informações são da Ansa.
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