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A juíza Sandra Arroyo Salgado ordenou hoje que Marcela e Felipe Herrera de Noble, filhos adotivos de Ernestina Herrera de Noble, a presidente do Grupo Clarín, façam amanhã uma nova extração de sangue para a realização de um exame de DNA. A juíza pretende comprovar se os dois jovens de 34 anos, herdeiros do maior holding multimídia da Argentina - e um dos principais da América Latina -, são filhos de desaparecidos da ditadura militar (1976-83).

Os jovens argumentam que já realizaram diversos exames de DNA desde dezembro do ano passado e que não estão dispostos a um novo teste. No entanto, a juíza rejeitou as amostras de sangue e saliva entregues voluntariamente pelos jovens. Ela anunciou que a extração de sangue será feita de forma "compulsória". Os advogados dos irmãos Noble anunciaram que entrarão com recurso contra a ordem da juíza.

O caso Noble veio à tona em 2002, quando as Avós da Praça de Mayo anunciaram que existiam indícios de que os dois filhos adotivos da dona do Clarín poderiam ser bebês desaparecidos da ditadura. Desde 2009 o caso tornou-se uma bandeira da presidente Cristina Kirchner, inimiga declarada do Grupo Clarín.

A presidente sustenta que Noble é cúmplice do sequestro e ocultação da identidade original de seus filhos adotivos. Felipe e Marcela indicaram publicamente que não pretendem ter relações com suas eventuais famílias originais e pediram que seu caso não seja politizado.

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