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A vencedora Claudia Llosa recebeu também prêmio da crítica internacional | John Macdougall/AFP
A vencedora Claudia Llosa recebeu também prêmio da crítica internacional| Foto: John Macdougall/AFP

Berlim, Alemanha - Filmado nas zonas mais pobres do Peru, e em sua maior parte falado em quechua (dialeto indígena), o filme La Teta Asustada, da peruana Claudia Llosa, foi o vencedor do Urso de Ouro na 59ª edição Festival de Berlim. Com a vitória anunciada no último sábado, o filme examina costumes dos índios peruanos através da história de Fausta, uma mulher que sofre de uma estranha doença transmitida durante a gestação.

"Há muito simbolismo no meu filme, muito do nosso mundo indigena, da nossa gente e da luta para recuperar uma identidade", disse Claudia. O filme ganhou também o prêmio da crítica concedido pela Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica (Fipresci).

O Grande Prêmio do Júri, o segundo mais importante do festival, foi dividido entre o alemão Alle Anderen, de Maren Ade, e Gigante (Espanha/Uruguai), de Adrián Biniez, que ganhou também os prêmios Alfred Bauer (trabalho inovador) e primeiro longa-metragem. O Urso de Prata de melhor direção foi para o iraniano Asghar Farhadi, por About Elly, que metaforicamente traça um painel sócio-político do Irã de hoje, colocando-o como um país que elegeu a mentira como forma de unidade social.

O Brasil, que esteve ausente da mostra oficial neste ano, participou da mostra paralela Panorama com os filmes Vingança, do gaúcho Paulo Pons e Garapa, de José Padilha, vencedor do Urso de Ouro no ano passado com Tropa de Elite.

Realismo

A programação do Festival de Berlim 2009 trouxe temas com viés altamente realista retratando situações do mundo atual, como crises bancárias e financeiras, atentados e guerras como a do Iraque.

A exemplo de outros festivais a crise mundial também mostrou seus reflexos em Berlim, que neste ano não atingiu o pique que costuma ter, se comparado com edições anteriores. Dieter Kosslick, diretor do festival, no entanto, comemora a bilheteria alcançada. Segundo os organizadores, foram vendidos 270 mil ingressos, um recorde desta 59ª edição da Berlinale, que na passada, ficou em torno de 240 mil.

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