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Paris – Uma eventual vitória da coalizão de centro-esquerda de Romano Prodi nas eleições legislativas dos dias 9 e 10 na Itália, prevista pela maior parte dos institutos de pesquisa, não deverá provocar alterações fundamentais no país no plano político, econômico e social. Se sistemas partidários importantes desapareceram nos últimos trinta anos com o fim do comunismo, a destruição do sistema do socialista Craxi e da própria Democracia Cristã, os homens ainda não mudaram, são os mesmos e com os seus antigos e ultrapassados reflexos.

Essa é a opinião do filósofo e professor Antonio Negri, antigo militante da extrema esquerda italiana nos chamados "anos de chumbo", a década de 70. Toni Negri, como é mais conhecido, foi o líder do movimento Potere Operaio e permanece refugiado na França, beneficiando pela suspensão das extradições.

Segundo Negri, "Prodi é um homem da Europa, mais rigoroso do ponto de vista fiscal, o que é muito importante na economia da Itália e por razões conhecidas". Ele afirma que não há grande diferença entre as propostas econômicas do desafiante e as do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que tenta a reeleição, que perseguem a retomada do crescimento. O analista prevê que Berlusconi vai mostrar todas as suas habilidades políticas na reta final da campanha.

Os problemas que provocam episódios de violência nas ruas da França desde novembro são semelhantes aos da Itália, avalia. A população italiana enfrenta "a precariedade e a dificuldade de sobreviver, de chegar ao fim do mês. É extremamente difícil para as pessoas. Não há nenhuma modificação nas políticas da direita e da esquerda".

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