A coleta de lixo na capital argentina voltou a ser feita no começo da noite de terça-feira (19), após acordo que encerrou a greve de trabalhadores do setor. A paralisação começou no último domingo (17) e deixou toneladas de detritos residenciais e industriais espalhadas pelas ruas de Buenos Aires e da região metropolitana.
O governador da província (estado), Daniel Scioli, estava pronto para declarar situação de emergência sanitária na capital, uma vez que sacos de lixo rasgados estavam atraindo ratos e baratas para as calçadas, além de exalar mau cheiro, colocando em risco a saúde da população.
A administração da coleta, transporte, tratamento e descarte do lixo é de responsabilidade da empresa estadual Coordenação Ecológica - Área Metropolitana - Sociedade do Estado (Ceamse). Os 1.200 lixeiros contratados pela empresa interromperam o trabalho, fecharam os aterros sanitários e cobraram do governo de Buenos Aires a contratação de mais 2 mil empregados além da construção de novos aterros, pois os três existentes na cidade já estão no limite de sua capacidade.
O secretário-geral da Ceamse, Jorge Mancini, chegou a dizer que a demora na resposta às reivindicações dos trabalhadores poderia indicar que a empresa estaria a caminho do fechamento, o que provocaria desemprego. O prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, disse que a greve precisava ser resolvida pelo governo do estado porque a Ceamse está sob sua jurisdição: "Não temos nada a ver com o problema e esperamos que ele seja resolvido o mais rápido possível". Na tarde de ontem, autoridades estaduais, da prefeitura de Buenos Aires, diretores da Ceamse e representantes dos lixeiros chegaram a um acordo envolvendo várias ações para reduzir os detritos produzido na cidade e na região metropolitana, além da garantia de que a Ceamse continuará sustentável durante muito tempo, o que mantém o emprego dos trabalhadores. Uma das ações discutidas na reunião foi a reciclagem do lixo.
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