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O Ministério da Justiça comunicou nesta segunda-feira (4) a prisão de um homem procurado pela Interpol suspeito de ter cometido diferentes crimes contra o sistema financeiro da Finlândia. A ação, realizada no sábado (2), resultou no primeiro caso de cooperação entre o governo brasileiro e o governo finlandês para a extradição de um suposto criminoso.

Segundo a nota técnica divulgada pelo ministério, o homem de iniciais JK, 38 anos, teve a prisão preventiva solicitada pela Interpol na quarta-feira (30). Ele foi identificado por agentes da Interpol no Rio de Janeiro. Segundo informações do processo que tramita na Polícia Federal, o finlandês teria entrado no Brasil usando documentos falsos, já que seu passaporte foi confiscado pelo governo daquele país.

O suspeito estava no país há dois meses e meio com visto de turista. O nome dele constava da "difusão vermelha", que é a lista da Polícia Internacional, que reúne fotos e dados sobre criminosos procurados. Essas informações são enviadas para os 186 países que integram a organização. Em muitos países, a difusão vermelha é aceita como mandado de prisão internacional. No Brasil, no entanto, isso não ocorre.

Depois de identificar o procurado, a Interpol entrou em contato com o Ministério da Justiça solicitando sua prisão. De maneira imediata, a pasta comandada pelo ministro Tarso Genro entrou em contato com o governo da Finlândia, que enviou o pedido de extradição do finlandês.

"Tal solicitação se deve ao fato do senhor JK ter cometido dois crimes financeiros, três fraudes fiscais graves, uma falsificação de registro e duas lavagens de dinheiro, totalizando oito crimes graves", relata o documento do Ministério da Justiça que relata a ação.

A prisão foi autorizada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, no dia 30 de dezembro. O Ministério da Justiça não revelou maiores detalhes sobre o suposto histórico de crimes do finlandês.

Ele está preso e deve permanecer no Brasil até que o STF julgue o seu pedido de extradição em um processo semelhante ao que ainda ocorre com o italiano Cesare Battisti. O governo da Finlândia deve enviar as provas dos crimes imputados ao finlandês ao STF. Depois de julgar o caso, a Suprema Corte enviará o caso ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que dará a palavra final.

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