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Passagem de Nuijamaa, na cidade sulista de Lappeenranta, foi uma das quatro fechadas pelo governo da Finlândia neste sábado
Passagem de Nuijamaa, na cidade sulista de Lappeenranta, foi uma das quatro fechadas pelo governo da Finlândia neste sábado| Foto: EFE/EPA/LAURI HEINO

O governo da Finlândia fechou neste sábado (18) quatro passagens na fronteira com a Rússia, após acusar Moscou de tentar gerar uma crise migratória com um fluxo crescente de “cidadãos de países terceiros”.

Segundo informações da agência Reuters, cerca de 300 requerentes de asilo, a maioria do Iraque, Iêmen, Somália e Síria, chegaram à Finlândia esta semana por meio da fronteira com a Rússia.

Helsinque alega que essa pressão migratória, estimulada por um relaxamento proposital dos controles de fronteira, é uma resposta da Rússia à entrada da Finlândia na OTAN e ao anúncio do aumento da cooperação do país nórdico com os Estados Unidos na área de defesa.

Foram fechadas as passagens de Niirala, Vaalimaa, Imatra e Nuijamaa, as mais movimentadas na fronteira entre os dois países. As restrições serão mantidas até 18 de fevereiro de 2024, segundo o Ministério do Interior finlandês.

A Guarda de Fronteira informou que outras quatro passagens de fronteira permanecerão abertas, mas asilo no país só poderá ser requisitado em duas delas, em Salla e Vartius, localizadas mais ao norte.

Em declaração publicada pela agência russa Tass, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a decisão da Finlândia cria “novas linhas de divisão na Europa” e que Moscou deve anunciar uma resposta nos próximos dias.

A Finlândia abriu mão de décadas de neutralidade e pediu no ano passado para ingressar na OTAN, a aliança militar do Ocidente, devido à invasão russa à Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022. O processo de adesão foi concluído em abril deste ano.

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