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Cingapura – O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou ontem seu plano para a ampliação da representatividade de quatro países emergentes na instituição. China, México, Turquia e Coréia do Sul foram beneficiados pela mudança, aprovada com 90,6% dos votos do Fundo – o mínimo necessário era 85%. O resultado é uma derrota para o Brasil. Além do Brasil e de vários países da América Latina (entre os quais a Argentina), Índia e Egito também votaram contra por achar o plano pouco ambicioso.

A reforma prevê um imediato aumento do poder dos quatro países, que detinham 5,5% das cotas e passam a 6,9%. Em uma segunda fase, que pode demorar dois anos, outros países emergentes podem ser beneficiados.

O Brasil concordava com o primeiro passo, mas discorda do seguinte, que será uma rediscussão da representatividade dos países usando vários critérios para redefinir seu peso. Para o Brasil, isso deveria ter sido definido agora.

Um dos principais pontos de discordância é que o FMI planeja usar o peso do PIB dos países em dólares na redefinição. Para o Brasil, o critério deveria ser o chamado PIB per capita em PPC (Paridade de Poder de Compra), que leva em conta o poder aquisitivo dos habitantes de cada país em relação à sua própria moeda.

A reforma vinha sendo citada há muito tempo pelas economias emergentes, cujos direitos de voto no FMI não refletem o peso que têm no cenário mundial. As mudanças "darão mais legitimidade a todas as outras reformas" em andamento, disse o diretor-geral da instituição, Rodrigo Rato.

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