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Soldados sírios levantam  bandeira nacional e fotos do ditador sírio Bashar Assad
Soldados sírios levantam bandeira nacional e fotos do ditador sírio Bashar Assad| Foto: EPA/YOUSSEF BADAWI

Um manifestante foi morto a tiros e outro ficou ferido nesta quarta-feira (28) pelas forças de segurança da Síria durante um protesto contra o governo na província de Al Sueida, no sul do país, a primeira fatalidade em um movimento incomum que começou há seis meses, segundo informaram duas ONGs.

As forças sírias abriram fogo contra um grupo de manifestantes que se reuniu do lado de fora dos escritórios administrativos na cidade de Al Sueida, capital da província de mesmo nome, ferindo dois dos participantes, relatou a rede ativista local AlSueida24 em sua conta na rede social X.

Uma das vítimas, identificada como Jawad Al Barouki, de 52 anos, morreu pouco depois de ser ferido, de acordo com a organização, que também divulgou um vídeo do momento em que os tiros foram disparados.

Por sua vez, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou em comunicado que a vítima foi baleada no peito e que o incidente ocorreu fora de um centro administrado pelas autoridades sírias para legalizar o status de pessoas procuradas por crimes relacionados a conflitos.

Essa é a primeira morte registrada após mais de meio ano de manifestações na região de maioria drusa.

Em agosto do ano passado, Al Sueida começou a ser cenário de protestos regulares pedindo a saída do ditador sírio Bashar Al Assad e a implementação de uma transição política, em meio a uma forte deterioração das condições de vida devido à grave crise econômica do país.

O movimento se intensificou novamente nesta terça-feira (27), quando dezenas de pessoas invadiram a sede local do partido Baath, de Assad, para protestar contra o que os organizadores descreveram como uma tentativa da legenda política de "voltar à cena na província", de acordo com AlSueida24.

As manifestações são raras nas regiões controladas pelo governo sírio, acusado de reprimir com mão de ferro os atos críticos e repudiado por grande parte da comunidade internacional devido à sua brutal repressão às revoltas populares iniciadas contra o ditador sírio em 2011.

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